Fraude no IPVA de veículos híbridos e elétricos; autuações chegam a R$ 3 milhões

Proprietários de veículos híbridos e elétricos em Goiás realizam fraudes para evitar pagamento de IPVA, gerando autuações milionárias.

Em uma ação coordenada pela Polícia Civil de Goiás, 284 veículos híbridos e elétricos foram autuados por irregularidades no registro de localidade.

A operação, ocorrida no último dia 15, identificou que muitos desses veículos estavam licenciados em outros estados, como o Distrito Federal, para obter isenção indevida do IPVA.

A investigação, parte da força-tarefa Quíron, revelou que esses registros fraudulentos resultaram em autuações que ultrapassam a soma de R$ 3 milhões, englobando tributos e multas.

Destes, quase R$ 2 milhões já foram recuperados, representando um avanço significativo na arrecadação para Goiás.

Jorge Areas, auditor fiscal e responsável pelo IPVA na Secretaria de Economia, destacou que o esforço contínuo da equipe tem contribuído para garantir mais recursos destinados às políticas públicas no estado.

A operação mapeou mais de 500 veículos suspeitos desde 2024.

Investigação e endereços fraudulentos

Durante as investigações, surgiu a descoberta de endereços compartilhados por diversos veículos, sugerindo uma fraude estruturada.

Em um dos casos, dez proprietários de veículos utilizavam o mesmo endereço no Distrito Federal, levantando suspeitas de uma rede organizada de fraude para evitar o pagamento do IPVA.

Foto: Shutterstock

Orientações incorretas

O delegado Bruno Costa e Silva, da Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), informou que parte dos motoristas alega ter sido mal orientada por concessionárias.

Relatos indicam que funcionários teriam assegurado que não haveria problemas com o registro irregular, até mesmo oferecendo serviços de despachante como facilitadores.

Adequação e consequências

Os proprietários foram notificados para regularizar a situação dos veículos. Aqueles que se apresentarem voluntariamente poderão obter isenção ou redução da multa, sem que haja abertura de inquérito. Contudo, é essencial que o registro dos veículos seja transferido novamente para Goiás a fim de evitar punições mais severas.

Alguns dos envolvidos estão considerando acionar judicialmente as concessionárias responsáveis pelas orientações equivocadas, o que pode resultar em responsabilização adicional dessas empresas na operação. A situação continua a ser monitorada de perto pelas autoridades de Goiás.

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