Gasolina 35% representa riscos ao seu carro; descubra o que pode "dar ruim"
A gasolina com mais etanol está em votação no Congresso e poderá virar realidade nos próximos meses; no entanto, há preocupação com o rendimento dos veículos.
O Congresso Nacional está analisando o uso da E35, a chamada gasolina 35%, que tem essa porcentagem de mistura de etanol. No momento, há uma análise entre os deputados federais, antes de ir para votação.
Na prática, a gasolina com 35% vai permitir menor importação do combustível, já que terá mais etanol na composição. Além disso, a nova lei, que poderá ser votada, prevê o aumento da mistura do biodiesel no diesel de 15% para 25% até o ano de 2031.
Na gasolina, atualmente há 27% de mistura de etanol, sendo que 30% poderá ser uma realidade. No entanto, para os deputados, esse valor é considerado insuficiente para economizar na importação e o teto de 35% é o mais provável.
Gasolina 35% e o combustível único
No futuro, se espera ter um combustível único e a gasolina 35% é considerado um passo inicial para isso. Consequentemente, se pode até mesmo baratear o custo disso para o consumidor final.
Além disso, há outro ponto importante para a maior mistura de combustível: a redução da emissão de gases poluentes. Em tempos de aquecimento global e mudanças climáticas drásticas, isso pode se tornar fundamental para o futuro da humanidade.
Portanto, o assunto deve mesmo avançar no Congresso Nacional e ir para a discussão das comissões. Nos próximos meses, entrará em votação.
Também vale lembrar que o etanol, que terá mais mistura na gasolina, é um produto 100% nacional. Após o surgimento no final dos anos 1970, tornou-se uma referência até mesmo em outros países, embora esse combustível seja usado principalmente por aqui.
Outros problemas
No entanto, nem tudo são flores com a gasolina 35%. Isso porque já existe a preocupação sobre como ela poderá reagir nos carros, principalmente nos mais antigos. No momento, há muitos carros mais velhos em circulação, movidos apenas a gasolina, sem a opção flex.
E, até mesmo para os carros mais novos, o novo combustível ainda gera desconfiança. Isso porque, com uma maior mistura de etanol na gasolina, esta poderá ficar menos eficiente e mais ‘beberrona’.
Assim, aumentará o consumo de combustível. Vale lembrar que o etanol é um combustível que normalmente consome 30% a mais, embora seja mais barato por litro.
Por fim, ainda há a questão da corrosão do motor dos carros, especialmente os mais antigos. Isso seria um efeito colateral pelo maior uso de etanol na gasolina. E os carros movidos à gasolina não têm o preparo necessário para receber o combustível nacional, o que poderá gerar problemas de ferrugem.