Gasolina aditivada rende mais ou é apenas conversa fiada?
A gasolina aditivada realmente entrega mais rendimento e menos poluição ou é apenas uma estratégia de marketing?
Na hora de abastecer, muitos motoristas ficam em dúvida: optar pela gasolina comum ou pela aditivada? Nesse segmento, surge uma alternativa promissora que promete até 10% mais eficiência e 50% menos emissão de gases poluentes. Será que essa nova tecnologia é tão eficiente quanto aparenta?
O produto, que já está disponível em alguns postos do Brasil, foi desenvolvido para atuar diretamente nas moléculas do combustível. Estamos falando da gasolina com eco-aditivo.
Essa intervenção teria como objetivo otimizar a queima e reduzir significativamente os resíduos acumulados no motor. Porém, vale a pena conferir se essa promessa se sustenta na prática.
Como funciona a tecnologia de eco-aditivos?
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A principal diferença dessa nova gasolina em relação às tradicionais é seu método preventivo de ação. Ao contrário das gasolinas convencionais, que atuam na limpeza dos resíduos pós-combustão, a nanotecnologia desenvolvida visa impedir a formação desses resíduos. Isso resulta em um motor mais limpo e eficiente a longo prazo.
- Benefícios adicionais
Além de otimizar o rendimento, a gasolina com eco-aditivo oferece vantagens semelhantes às da gasolina aditivada convencional.
Entre elas estão o prolongamento da vida útil do catalisador e uma redução significativa na emissão de poluentes. Contudo, é essencial analisar se essas vantagens justificam o custo mais elevado.
Economia versus desempenho
No geral, segundo responderam especialistas da área, a utilização de aditivos pode, sim, melhorar o consumo em até 10%, porém esse benefício possui um custo adicional.
- Gasolina comum: R$ 5,51 por litro.
- Gasolina aditivada: R$ 5,68 por litro.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), para rodar 1.000 km, o custo seria de R$ 551 com gasolina comum, em comparação a R$ 516,36 usando a aditivada.
Uma economia significativa ocorrerá se o preço do combustível de melhor rendimento não ultrapassar 10% do valor do comum.
Ao escolher entre o combustível comum e o aditivado, é crucial avaliar não apenas a economia imediata, mas também o custo-benefício a longo prazo.
Regiões e postos podem apresentar variações consideráveis nos preços. Assim, a decisão final depende de uma análise cuidadosa de preço e desempenho.