Gasolina: top 10 estados com o combustível mais caro do Brasil

No estado com o preço mais alto, o preço médio da gasolina chegou a R$ 7 no fechamento do semestre. Veja os dados.

O Acre é o estado brasileiro com a gasolina mais cara do país, aponta o levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na semana entre 23 e 29 de junho, a última completa do primeiro semestre, o preço médio do combustível chegou a R$ 7,04 o litro para os acreanos.

A média nacional foi de R$ 5,86 no período, apurada a partir do levantamento de preços em milhares de postos espalhados pelo Brasil.

Todos os estados que ocupam o pódio das maiores médias estão na Região Norte e apresentam valores acima dos R$ 6,30: Acre, Rondônia e Amazonas/Roraima (empate). Já entre as dez unidades federativas com o maior preço médio para o derivado de petróleo, apenas dois têm o litro abaixo dos R$ 6.

Confira o preço médio da gasolina nos estados onde ela custou mais caro na última semana completa do semestre:

  1. Acre – R$ 7,04
  2. Rondônia – R$ 6,40
  3. Amazonas – R$ 6,32
  4. Roraima – R$ 6,32
  5. Sergipe – R$ 6,21
  6. Tocantins – R$ 6,17
  7. Bahia – R$ 6,10
  8. Pará – R$ 6,01
  9. Alagoas – R$ 5,98
  10. Espirito Santo – R$ 5,93

O aumento foi generalizado em relação à primeira semana de janeiro, quando a média de preço nacional estava em R$ 5,56, representando um aumento de R$ 0,20 (5,4%). No caso específico do Acre, a alta chega a 4% entre o início do ano e agora, ou R$ 0,27 por litro.

Foto: Shutterstock

O que explica a alta?

O principal motivo para o avanço dos preços da gasolina é a alta da carga tributária. Em fevereiro, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre o produto subiu R$ 0,15 (12,3%), de R$ 1,22 para R$ 1,37.

Cada estado tinha autonomia para estabelecer sua própria alíquota de ICMS, mas em junho do ano passado ela foi fixada em R$ 1,22 para todas as unidades federativas. A decisão parte de uma medida do ex-presidente Jair Bolsonaro, que criou um teto de 18% para o tributo em todo o território nacional.

Criado para tentar minimizar os efeitos da pandemia e da crise gerada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, esse teto gerou prejuízos bilionários para os estados e o Distrito Federal, que têm no imposto uma de suas principais fontes de arrecadação. Em junho de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o aumento do teto para R$ 1,22.

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