Giroflex: motorista espertinho que usa dispositivo no carro pode pagar caro

Condutor que instala as luzes de sinalização para escapar do trânsito está sujeito a penalidades pelo comportamento irresponsável.

O giroflex é um dispositivo bastante comum em veículos de emergência, como ambulâncias e viaturas policiais, servindo para aumentar a visibilidade e a percepção dos cidadãos em situações de emergência. No entanto, existem espertinhos que insistem em usar as luzes sinalizadoras de forma indevida.

A instalação do dispositivo em carros particulares sem autorização pode até parecer tentadora para andar mais rápido, mas é uma péssima ideia. Além de cometer uma infração de trânsito, o condutor que adota esse comportamento ainda compromete a vida de quem eventualmente precisa de socorro.

No Brasil, o CTB (Código de Trânsito Brasileiro) estabelece os veículos que podem utilizar o giroflex e determina como eles precisam estar identificados e equipados.

A luz giratória de alerta normalmente é montada no teto do carro, seja ele uma viatura de polícia, carro de bombeiro ou ambulância. Sua principal função é alertar os demais motoristas e pedestres para a presença do veículo, sobretudo em situações de emergência ou quando ele requer prioridade no trânsito.

Quem pode usar o giroflex no carro?

Foto: Shutterstock

O CTB deixa claro que o uso do dispositivo em carros particulares é proibido, exceto naqueles autorizados pela legislação, como automóveis oficiais ou de emergência em serviço. Com exceção desses modelos, o uso indevido é uma infração de trânsito.

A prática é considerada uma infração de natureza grave (artigo 230, XII), punível com multa no valor de R$ 195,23 e cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Além disso, o veículo é retido pelo agente de trânsito para regularização, ou seja, para que o aparelho seja retirado. Caso não seja possível remover o giroflex, o carro poderá ser apreendido.

Cabe destacar a existência de regulamentações especiais, como a Resolução nº 730/2018 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que trata de escoltas e serviços de segurança privada. Nessas situações, o uso é permitido.

Também vale lembrar que não há diferenciação legal para o uso de giroflex durante o dia e à noite.

“A regulamentação não faz distinção específica sobre o uso do giroflex durante o dia e à noite, mas a visibilidade e a intensidade da luz devem ser adequadas para garantir que o giroflex seja percebido em qualquer condição de iluminação”, explica o consultor de segurança e privacidade, Leandro Alvarenga.

“O objetivo é garantir que o sinal seja efetivo em qualquer circunstância”, completa.

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