GM se despede de 2 países da América do Sul. Brasil pode ser o próximo?
Segundo os passos da Ford, General Motors anuncia o fechamento de fábricas em dois países do continente sul-americano.
A General Motors (GM) informou o encerramento, de forma definitiva, de suas operações de produção de veículos em dois países da América do Sul: Colômbia e Equador. O fechamento das fábricas do grupo nessas nações vizinhas levanta preocupações sobre o futuro de suas marcas no Brasil.
Em comunicado, a companhia explicou que a planta colombiana está fora de funcionamento desde a última semana de março, enquanto o complexo no Equador encerrará suas atividades até o fim de agosto.
Inaugurada em 1958, a fábrica de Bogotá foi responsável pela produção de modelos como Chevrolet Spark, Sail e Onix, totalizando mais de milhões de veículos entregues ao longo de seus mais de 60 anos de história. Cerca de 850 pessoas trabalhavam na planta antes do fechamento.
Segundo a agência de notícias Reuters, o grupo negocia a demissão dos trabalhadores com o Ministério do Trabalho da Colômbia, que fará visitas ao local na tentativa de proteger os direitos dos funcionários.
Nos últimos meses, a fábrica colombiana estava operando com apenas 9% de sua capacidade total, conforme informou a General Motors. Grupos industriais do país divulgaram um relatório que aponta o fechamento do complexo fabril em meio ao nível de vendas mais baixo em 14 anos.
Já a fábrica no Equador emprega cerca de 700 pessoas e opera com 13% da capacidade total. A GM afirmou que suas marcas continuarão presentes nos dois países.
Risco de saída do Brasil
A companhia não deu qualquer indício de que pretende encerrar suas operações no Brasil. Atualmente, a GM produz carros nos complexos de São José dos Campos (SP), São Caetano do Sul (SP) e Gravataí (RS).
Porém, a empresa demitiu 55 funcionários da planta de São José dos Campos na última segunda-feira (6), alegando necessidade de readequação do quadro. O número não foi confirmado pelo grupo, mas o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade confirma a quantidade de cortes.
Vale lembrar que a General Motors criou um programa de demissão voluntária em dezembro de 2023, após a Justiça determinar o cancelamento de 1,2 mil demissões nas três fábricas.
“A estabilidade encerrou no dia 3 de maio. Alguns trabalhadores foram chamados de volta ao trabalho, e algumas dezenas estão afastados pelo INSS”, disse o presidente do sindicato, Weller Gonçalves.