Governo pede à Petrobras que reduza preço dos combustíveis, mas resposta da estatal é outra

Ministro de Minas e Energia negocia com a Petrobras por uma redução no preço dos combustíveis, especialmente do diesel, devido à queda do petróleo.

Nos últimos dias, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, iniciou diálogo com a diretoria da Petrobras. Ele apresentou cálculos que indicam a possibilidade de diminuir os preços dos combustíveis. O objetivo é garantir uma redução significativa, especialmente no preço do diesel.

O governo está ciente das limitações quanto à interferência direta nas decisões da Petrobras. No entanto, tenta sensibilizar a empresa sobre a importância de repassar a queda do preço do petróleo no mercado internacional aos consumidores brasileiros.

A diminuição no preço do diesel pode impactar diretamente na inflação, reduzindo os custos dos alimentos, uma das principais preocupações do governo atual. A recente queda no barril de Brent e o aumento da produção pela Opep ampliam esse potencial de redução.

Queda acentuada dos preços do petróleo

Foto: Shutterstock

No cenário global, o barril de petróleo Brent registrou uma queda significativa, alcançando US$ 63,30. Paralelamente, o West Texas Intermediate posicionou-se em US$ 59,84 (R$ 353,91). Esses valores são os mais baixos desde 2021, refletindo uma tendência de declínio nos preços.

Além disso, a Opep decidiu aumentar a produção em 411 mil barris diários a partir de maio, superando as expectativas anteriores. Esta decisão pode contribuir para uma estabilização ou até mesmo uma redução adicional nos preços do petróleo.

Respostas da Petrobras

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, enfatizou que a empresa não pretende alterar suas políticas de preços no momento. O cenário geopolítico, marcado por incertezas e turbulências, contribui para essa decisão cautelosa.

Chambriard destacou que qualquer mudança nos preços dos combustíveis dependeria de variações significativas tanto no preço do petróleo quanto no câmbio. Ela também mencionou que a relação com o governo é pacífica e baseada em diálogo constante.

Impactos do ‘tarifaço’ dos EUA

O anúncio de tarifas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou preocupações sobre uma possível recessão global.

Isso provocou uma redução de cerca de US$ 10 (R$ 59,14 na cotação atual) no preço do barril de petróleo Brent, aumentando a pressão sobre a demanda mundial pela commodity.

Com a cotação do dólar elevando-se frente ao real, o cenário econômico torna-se ainda mais complexo. A Petrobras permanece atenta às movimentações no mercado internacional e às interações com o governo para possíveis ajustes futuros.

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