Híbridos leves: nova tendência pode dominar 40% do mercado automotivo brasileiro até 2030
Modelos prometem revolucionar o setor automotivo no Brasil. Entenda o cenário!
A indústria automobilística brasileira está passando por uma transformação significativa. Com as vendas de veículos eletrificados crescendo, a aposta agora recai sobre os híbridos leves, ou Mild Hybrid Electric Vehicles (MHEV). Especialistas e montadoras preveem que esses modelos serão responsáveis por cerca de 40% das vendas de carros novos no Brasil até 2030.
Essa expectativa deve-se principalmente ao custo mais acessível dos híbridos leves. Eles não exigem infraestrutura de recarga, o que os torna viáveis em um país onde a rede de carregamento ainda está em desenvolvimento. Atualmente, existem 38 modelos dessa categoria no Brasil, mas a maioria pertence a marcas premium.
Montadoras como a Stellantis já estão investindo na tecnologia bio-hybrid, que combina eletricidade e biocombustível, como o etanol. Este movimento visa oferecer ao consumidor brasileiro uma opção mais econômica e independente de carregadores externos, contribuindo para a transição energética do país.
Vantagens dos híbridos leves
Os híbridos leves são considerados uma solução intermediária na transição para veículos totalmente elétricos. Eles são mais acessíveis e melhoram a eficiência energética em até 10%. Para o diretor da Bright Consultoria Automotiva, Murilo Briganti, esses veículos são uma “ponte” para tecnologias mais avançadas, especialmente em um mercado sensível a preços.
A Stellantis, com um market share significativo no Brasil, já introduziu modelos como o Pulse e o Fastback, com preços iniciais de R$ 125.990 e R$ 161.990, respectivamente. Essa estratégia visa atender uma ampla gama de consumidores, oferecendo tecnologia acessível a diferentes segmentos.
Foto: Divulgação/Stellantis
O custo dos veículos eletrificados é uma preocupação central para ampliar seu alcance. A Stellantis, por exemplo, enfatiza a importância de oferecer modelos que não dependam de infraestrutura de recarga, mantendo-se acessíveis ao bolso do brasileiro médio.
Aposta global e desafios locais
Além de montadoras locais, como a Stellantis, gigantes globais, como a Kia, também apostam nos híbridos leves para o mercado brasileiro. Modelos como o Stonic e o Sportage são exemplos dessa tendência. No entanto, a empresa enfrenta desafios cambiais devido às oscilações do dólar.
Murilo Briganti destaca que, apesar da tendência dos híbridos leves, a produção local no Brasil não se limitará a essa tecnologia. O mercado brasileiro deve se beneficiar de diversas rotas tecnológicas, alinhando-se às estratégias globais das montadoras.
Com a crescente demanda por veículos mais eficientes e a necessidade de reduzir emissões, os híbridos leves estão se consolidando como uma alternativa atraente. Ao oferecer uma solução prática e econômica, essas tecnologias prometem liderar a transição para um futuro mais sustentável no setor automotivo brasileiro.
*Com informações da Bloomberg Línea