Hora de comprar? SUVs ficam mais baratos para competir com concorrentes chineses

Montadoras começam a reduzir os preços de seus veículos utilitários esportivos para não perderem espaço no mercado.

Os preços dos carros estão em uma crescente desde antes da pandemia, mas a situação se agravou com a crise sanitária mundial. Desde então, os compradores observam constantes acréscimos nas tabelas, e hoje o modelo mais barato do Brasil está na faixa dos R$ 70 mil.

No entanto, a chegada das montadoras chinesas tem provocado uma rápida transformação no mercado, principalmente por conta dos preços competitivos praticados por essas marcas. Para não perder espaço, as fabricantes tradicionais estão revendo essa estratégia de novos aumentos.

Prova disso é que vários SUVs tiveram o valor reduzido desde o início do ano, mudança que também é causada pela situação econômica dos brasileiros. Juntando esses dois fatores principais, as empresas precisaram rever suas tabelas para manter a demanda.

GWM Haval 6 e o BYD Song Plus são dois utilitários esportivos que estrearam com preços competitivos e forçaram as concorrentes a reverem seus valores. Já a Caoa Chery, outra chinesa, ofereceu descontos de até R$ 10 mil na linha 2024 para zerar o estoque em meio à chegada dos modelos 2025.

Efeito cascata

Os carros da Jeep ilustram o efeito cascata gerado pelas chinesas. A montadora reduziu o preço do Commander Longitude 5L T270 de R$ 241.590 para R$ 217.290, nada menos que R$ 24,3 mil de desconto. Já o Commander Overland TD380 4×4 ficou R$ 40,7 mil mais barato, agora saindo por R$ 298.290.

O Volkswagen Taos também ficou mais acessível. A versão Taos Highline, tabelada em R$ 210.990, é vendida com desconto de R$ 21.099 para pessoa jurídica (PJ). Vale lembrar que 37% das vendas do modelo no ano passado foram na modalidade direta.

Para não ficar atrás, a Chevrolet baixou os preços do Tracker com foco no público PCD. A opção LT 1.0 Turbo teve um desconto de R$ 6.082 em maio, passando de R$ 129.376 para R$ 123.294. Já a LTZ 1.0 Turbo caiu de R$ 140.531 para R$ 134.859, enquanto a 1.2 Turbo foi de R$ 152.745 para R$ 146.577.

“Quanto mais competitivos esses novos carros ficarem, mais o mercado como um todo terá que se adaptar. É claro que a queda de preço vai chegar”, destaca Ricardo Bacellar, fundador da Bacellar Advisory Boards.

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