Hyundai do Brasil testará novo etanol revolucionário que limpa o ar

De olho nas demandas sustentáveis, a Hyndai irá fazer um investimento no Brasil de R$ 5,4 bilhões nos próximos oito anos.

Com a crescente demanda por inovações sustentáveis e tecnologias mais eficientes, a Hyundai testará novidades no Brasil. A montadora sul-coreana trará não apenas novos carros, mas também pesquisa de ponta sobre energias limpas. A empresa focará no hidrogênio verde e também em um tipo de etanol “especial”.

Esse novo etanol que está sendo estudado pela Hyundai é um tipo diferente do tradicional, já que ele é de segunda geração, ou seja, utiliza o bagaço, as folhas e as raízes da cana para a produção do álcool. Esse material menos nobre, que ficaria sem uso, emite 30% menos gás carbônico que o etanol tradicional.

Outra fonte que a Hyundai está testando é o hidrogênio verde (combustível que já abastece alguns modelos da marca pelo mundo). Um dos pontos negativos de sua utilização é o fato de que, para obter o gás hidrogênio, existe um elevado consumo de energia elétrica. Porém, apesar disso, ela provém de fontes de energia limpas, como a solar e a eólica.

Para seguir com as pesquisas no mercado brasileiro, a Hyundai firmará uma parceria com a Universidade de São Paulo para aperfeiçoar a reforma a vapor. Esse processo combina álcool, água sob intenso calor e catalisadores. O desafio é que o produto final da reação possa gerar apenas gás hidrogênio e resíduos não poluentes para o meio ambiente.

A tendência é que os futuros postos de gasolina recebam os caminhões com álcool e, nesses locais, o produto se transforme em gás hidrogênio para abastecer os veículos com células a combustível. Para comandar os testes no Brasil, a Hyundai trará o Nexo, um SUV que é movido a hidrogênio e já deverá ser utilizado neste ano.

Segundo a empresa, ela irá expandir sua área de engenharia para os estudos e, futuramente, a produção do hidrogênio. A montadora fará um investimento de cerca de R$5,4 bilhões nos próximos oito anos.

“A Hyundai trabalha com hidrogênio há 20 anos, então ela domina essa tecnologia. […] Só que o hidrogênio é caro em termos de infraestrutura, para produzir, transportar e armazenar. E, aqui no Brasil, temos um tesouro que é o etanol”, comentou Airton Cousseau, CEO da empresa no Brasil.

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