Ignorou o Inmetro? Montadoras divulgam autonomia de carros elétricos com outro padrão

Marcas deixam de lado o padrão de medida adotado no Brasil e continuam divulgando apenas as especificações internacionais.

O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) é a autarquia brasileira responsável pela criação de programas de avaliação de conformidade. Um bom exemplo é o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), que classifica os veículos vendidos no Brasil a partir de sua eficiência energética, consumo e autonomia.

Os padrões estabelecidos pela entidade ajudam o comprador a obter informações importantes antes de escolher um veículo, como quantos quilômetros um carro elétrico consegue percorrer com uma carga de bateria completa ou quanto ele roda com um litro de gasolina.

Existem diversos padrões ao redor do mundo que devem ser seguidos pelas montadoras em cada país no qual operam. Pelo menos essa é a ideia, embora algumas montadoras chinesas pareçam não concordar.

Marcas ainda usam outros padrões

Apesar da existência do modelo criado pelo Inmetro, algumas fabricantes insistem em continuar adotando padrões internacionais ao divulgar informações importantes sobre seus veículos. O mais comum entre os usados é o WLTP europeu, que combina testes de laboratório e de rodagem nas ruas.

Outro bastante querido é o padrão chinês, que costuma ser mais generoso do que os demais. Por isso, ainda é usado pelas montadoras para inflar o alcance dos seus carros.

A questão virou até motivo de provocação no ano passado, quando a BYD divulgou um material informativo sobre padrões de medição de autonomia.

Você já deve ter visto por aí várias empresas falando da autonomia dos carros em WLTP, mas não se deixe enganar. No #DicionárioElétrico de hoje, a gente explica sobre o PBEV, o padrão mais realista que classifica a eficiência energética, diz a publicação.

A metodologia do Inmetro reduz em 30% os números que os fabricantes costumam anunciar; portanto, é comum que as marcas prefiram evitá-la. Segundo o instituto, ela foi criada para se aproximar do uso do carro “na vida real”.

você pode gostar também