Igual avião: União Europeia torna caixa-preta item obrigatório em carros
Dispositivo comum em aviões ajuda na investigação em caso de acidentes; Agora ferramenta chega aos carros europeus.
Todo mundo já ouviu falar em caixa-preta. Sim, aquele dispositivo presente nos aviões que auxilia nas investigações em casos de acidentes. A novidade é que, agora, a tecnologia também estará presente nos carros. Pelos menos nos fabricados na União Europeia. Por lá, as montadoras precisarão se adequar e necessariamente oferecer tecnologia parecida em seus veículos.
A nova norma engloba todos os veículos de passeio da classe M1, ou seja, oito passageiros e o motorista, além de veículos comerciais do Tipo N1 (caminhonetes e vans com mais de 3,5 toneladas. Eles precisarão sair de fábrica com o chamado Event Data Recorder (EDR).
Objetivos e prazos
Com o uso do dispositivo, a União Europeia passa a ter mais um mecanismo de investigação em casos de acidentes envolvendo os carros. As montadoras têm até o mês de julho para se adequarem, incluindo o EDR em seus veículos.
Funcionamento da caixa-preta
Na prática, o EDR começa a funcionar automaticamente sempre que há o acionamento dos airbags e dos tensores dos cintos de segurança. Assim, a gravação começa quando o capô ativo do veículo se abre ou quando há mudanças bruscas de velocidade, seja lateral ou longitudinal.
Envio de informações às autoridades
A partir do uso da caixa-preta, os carros passam a ser monitorados quando o assunto é velocidade, frenagem, inclinação do carro, assim como posição na estada, tempo de resposta do sistema de segurança, além do acionamento ou não da chamada de emergência.
Vale lembrar que os dados são de propriedade do dono do carro ou do condutor envolvido no acidente. Também segundo as autoridades europeias, as informações coletadas são anônimas, para evitar manipulações de qualquer espécie.
No entanto, após um acidente, as informações presentes na caixa preta dos carros irá para as autoridades competentes. Já o acesso ocorrerá de duas formas: via interface OBD ou, se houver destruição da porta do equipamento, diretamente no EDR, assim como ocorre nos aviões.