Invasão chinesa? Agora, até marcas tradicionais terão carros da China à venda no Brasil

Veículos elétricos de luxo surpreendem por sua origem chinesa, revelando a crescente influência do país na indústria global.

A produção de veículos elétricos tem se destacado pela presença marcante da China, que figura como um pilar essencial dessa cadeia. No entanto, proprietários de veículos como BMW iX3, Mini Cooper elétrico e Volvo EX30 talvez desconheçam que seus carros de luxo são fabricados no gigante asiático.

Mesmo marcas tradicionais que inicialmente se opuseram à presença chinesa no Brasil estão sucumbindo aos atrativos dos baixos custos de produção oferecidos pela China.

Em meio a essa tendência, diversos carros de origem chinesa devem desembarcar por aqui em 2025 e 2026.

Expansão das marcas chinesas

A Stellantis, por exemplo, adquiriu em 2024 os direitos de produção e comercialização dos modelos elétricos e híbridos da Leapmotor fora da China. A marca planeja estrear no Brasil em 2025, trazendo três modelos: o compacto T03 e os SUVs B10 e C10.

Leapmotor B10 chega ao Brasil ainda em 2025. (Foto: Divulgação/Leapmotor)

Outro exemplo é a Fiat Titano, atualmente produzida no Uruguai com componentes chineses. A produção será transferida para Córdoba, na Argentina, onde também serão fabricadas uma versão Ram e a Peugeot Landtrek.

Parcerias e desenvolvimentos

A General Motors segue uma estratégia semelhante. Modelos como Montana, Onix e Tracker foram desenvolvidos em colaboração com a SAIC na China.

Nos próximos anos, a parceria continua com a produção de carros elétricos voltados para o mercado brasileiro.

Notadamente, a GM planeja nacionalizar a produção do Chevrolet Spark Activ EV e do Wuling Starlight S, importados da China. O Starlight S chegará ao Brasil em versões híbrida e elétrica, sob um nome diferente.

Outras marcas e influências chinesas

A Ford e a Renault também aderiram à produção chinesa. O Ford Territory passará por uma reestilização em parceria com a JMC, enquanto o Renault Kwid E-Tech, fabricado na China, também será renovado em 2025.

Além disso, a Volkswagen está desenvolvendo uma nova picape média a partir do chamado Projeto Patagonia, com base em tecnologia chinesa. A produção desse veículo ocorrerá na Argentina, a partir de 2026.

Essa tendência revela a crescente influência chinesa na indústria automotiva mundial. Enquanto marcas tradicionais encontram formas de integrar a produção asiática a seus portfólios, o Brasil se vê no centro dessas transformações, recebendo inovações tecnológicas e modelos diversificados.

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