Inviáveis! 3 motivos que impedem a adoção de postos autônomos no Brasil

Postos de combustíveis autônomos como os que existem nos Estados Unidos não são uma opção para os brasileiros.

Se você já visitou os Estados Unidos ou assiste filmes estrangeiros, sabe que naquele país a forma de abastecer o carro é um pouco diferente. Os norte-americanos utilizam os postos de combustíveis autônomos, aqueles em que o próprio cliente enche o tanque do veículo.

A automação do processo não é algo novo para a população de lá, que já está acostumada com essa solução prática. Para justificar a falta de funcionários, as redes afirmam que a autonomia garante preços mais baixos que a média do mercado.

Afinal, por que no Brasil ainda não existem postos autônomos como nos Estados Unidos?

Motivos que barram os postos autônomos no Brasil

Foto: f.t.Photographer/Shutterstock

Esses estabelecimentos operam sem a presença de frentistas e todo o serviço, desde o abastecimento até o pagamento, é realizado pelo próprio cliente. Normalmente, a transação é feita por meio de máquinas de autoatendimento ou aplicativos móveis.

O modelo é interessante do ponto de vista de custos operacionais, uma vez que a empresa não precisa pagar funcionários, o que possibilita uma queda nos preços dos produtos. Outro ponto positivo é a rapidez e a eficiência para os clientes.

Porém, existem alguns motivos que impedem sua implantação no Brasil, como a valorização do frentista, as leis e a segurança. Conheça os principais:

1. Figura do frentista

Para Ernesto Pousada, CEO da Vibra, o frentista é um “diferencial positivo” para o cliente brasileiro, habituado há décadas a ter alguém preparado para realizar o serviço.

“Aquele funcionário que está ali para atender é cada vez mais treinado e preparado para oferecer um serviço diferenciado. Não vejo isso como um problema, mas sim como uma oportunidade. Ter alguém que pode oferecer algo diferente ao nosso consumidor”, disse em entrevista à Veja.

2. Legislação

O segundo ponto que barra o modelo autônomo no Brasil é a existência de uma legislação trabalhista robusta e regulamentações que protegem o trabalhador. A troca de modelo poderia ser entendida como uma ameaça a milhares de empregos, provocando a resistência de sindicatos e representantes da categoria.

3. Segurança

Nos EUA, os postos possuem sistemas de monitoramento avançados para oferecer segurança aos usuários, o que seria bastante custoso de implementar aqui. Sem a presença de funcionários, é provável que o número de furtos e assaltos cresça.

Para além dos pontos citados, há ainda a questão cultural. O brasileiro, que se acostumou com a conveniência e segurança dos postos de combustíveis tradicionais, pode entender o autosserviço como tarefa inconveniente ou até arriscada.

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