IPVA zero: será que seu carro antigo está na lista?
Proprietários de veículos com décadas de fabricação em breve podem ficar livres do pagamento do tributo anual.
Milhões de donos de veículos antigos poderão se beneficiar caso um projeto de lei aprovado no Senado Federal saia do papel. A Proposta de Emenda à Constituição n° 72/2023 prevê a isenção do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) para carros com mais de duas décadas.
O texto foi aprovado em dois turnos de votação pelo plenário da Casa e agora segue para análise na Câmara. Se receber o aval dos deputados, cerca de 6,7 milhões de motoristas poderão aproveitar o benefício.
Como funcionará a isenção do IPVA?
Atualmente, cada estado brasileiro possui suas próprias regras para a concessão da isenção do imposto, e alguns deles nem mesmo oferecem essa vantagem pelo tempo de fabricação. A ideia dos autores da proposta é padronizar a norma, criando um prazo de 20 anos para o fim da cobrança.
Somente nos estados de Minas Gerais e Pernambuco, 5,4 milhões de veículos serão beneficiados pela medida. No âmbito nacional, aproximadamente 6,7 milhões ficarão isentos.
E os estados que concedem o benefício antes?
O relator da PEC, senador Marcos Rogério (PL-RO), alterou o texto original para não prejudicar os moradores de estados que oferecem a isenção antes de 20 anos, como Amapá e Roraima, onde o benefício é liberado após 10 anos de fabricação.
Com a mudança, o novo padrão será aplicado apenas nas unidades federativas que possuem prazos maiores de duas décadas.
Caso a proposta seja aprovada, cinco unidades federativas serão impactadas pela mudança: Minas Gerais, Pernambuco, Tocantins, Alagoas e Santa Catarina. Em Santa Catarina e Tocantins, por exemplo, a isenção do IPVA começará a valer somente após 30 anos de fabricação do veículo.
“A regra valerá para todo o território nacional. No caso dos estados onde já há isenção a partir de dez ou quinze anos, a regra atual não muda, continua como está. A regra passará a vincular seus efeitos a partir dos vinte anos, porque é uma proteção contra a tributação”, resume o relator.