Kwid, Citroën e Argo são SUV? Entenda a polêmica classificação do Inmetro

Inmetro classifica carros de forma questionável, gerando controvérsia.

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) é responsável por categorizar os veículos no Brasil conforme critérios técnicos específicos. Entretanto, o método usado pelo órgão tem gerado polêmica, devido a algumas classificações inesperadas e controversas.

O Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro é a base para definir a eficiência de combustível dos automóveis vendidos no país. A tabela de consumo do órgão tem chamado a atenção por classificar alguns modelos, como Renault Kwid e Citroën C3, como SUVs.

Essas classificações surpreendentes não são bem aceitas por todos. Enquanto alguns veículos são rotulados como SUVs, outros modelos, genuinamente utilitários esportivos, não recebem essa classificação. Isso levanta dúvidas sobre a precisão dos critérios do INMETRO.

Afinal, o que é um carro SUV?

Para um carro conquistar a classificação de SUV, o Inmetro estabelece parâmetros específicos. As exigências incluem um ângulo de ataque de 23°, além de uma altura mínima de 20 cm do solo. Esses critérios, no entanto, parecem não refletir a realidade de todos os modelos.

Os modelos Renault Kwid e Fiat Argo Trekking, por exemplo, são classificados como SUVs, embora sejam essencialmente hatches compactos. O Citroën C3 também compartilha dessa categoria, apesar de suas características não se alinharem com o conceito tradicional de SUV.

Renault Kwid, um dos carros considerados SUV pelo Inmetro (Foto: Divulgação/Renault)

A lista de discrepâncias não se limita a esses modelos. O Inmetro categoriza veículos como o BYD Yuan Pro e o Honda HR-V como carros médios, enquanto outras versões são tratadas como compactos. Essa inconsistência gera confusão no mercado. A exemplo:

  • BMW iX1 e iX2 classificados como carros grandes.
  • Chevrolet Equinox visto como um veículo extra-grande.

Impactos no mercado

Essas classificações afetam a percepção do consumidor e a estratégia de marketing das montadoras. Marcas como Renault e Citroën ajustam sua comunicação para adaptar-se às definições do Inmetro. Entretanto, persiste a discordância entre o órgão e a visão do mercado.

No geral, as classificações do Inmetro apresentam inconsistências que influenciam o mercado automotivo. A necessidade de revisão dos critérios é evidente para garantir que as categorias reflitam com precisão as características dos veículos.

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