Lei Combustível do Futuro: aumento de etanol na gasolina vai baratear os combustíveis?

Entenda os impactos econômicos e ambientais significativos na nova lei que muda a 'fórmula' da gasolina.

O Brasil está prestes a implementar mudanças substanciais no setor de combustíveis com a Lei Combustível do Futuro, aprovada em 2024.

A nova legislação visa aumentar o percentual de etanol na gasolina de 27,5% para 30%, um passo significativo em direção à transformação energética. Com a alteração, espera-se também um impacto considerável nos preços e no mercado.

A expectativa é que essa medida traga consequências tanto econômicas quanto ambientais. A redução do preço da gasolina, impulsionada pela menor carga tributária sobre o etanol anidro, é um dos efeitos econômicos mais esperados. Além disso, o aumento potencial da produção de etanol indica mudanças no setor sucroenergético brasileiro.

O que vai mudar com a nova lei?

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A mudança no percentual de etanol pode levar à diminuição dos custos da gasolina para os consumidores. O setor sucroenergético brasileiro está otimista, acreditando que a menor tributação sobre o etanol anidro será vantajosa. A projeção é de um aumento de 1,3 bilhão de litros na produção desse tipo de etanol em resposta à nova demanda.

Com a safra 2023/2024, o etanol de milho já representa 18,7% do volume total produzido, sinalizando o crescimento da capacidade produtiva nacional. Essa diversificação na produção oferece ao Brasil uma oportunidade única para se destacar no cenário internacional de biocombustíveis.

Todos os carros vão aguentar a nova mistura?

Em janeiro e fevereiro de 2025, o Instituto Mauá de Tecnologia realizará testes para examinar o impacto da nova mistura de combustíveis.

Serão avaliados diversos veículos, incluindo modelos antigos e recentes, para identificar possíveis efeitos mecânicos. As análises têm como objetivo garantir a adaptação dos motores à nova composição.

Esses testes também examinarão os benefícios ambientais do etanol, conhecido por reduzir as emissões de CO2 em até 90%. A adoção desta mistura pode ser um passo importante para a mitigação das mudanças climáticas.

Etanol pode subir?

Apesar dos benefícios previstos, há preocupações sobre o possível aumento nos preços do etanol anidro, que subiu 41,5% em 2024. O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo em Minas Gerais alerta sobre essa questão, mas acredita-se que a tendência geral seja positiva.

Os resultados preliminares dos testes serão analisados pelo Ministério de Minas e Energia no primeiro trimestre de 2025. A partir dessas informações, o governo planeja um estudo de impacto regulatório, orientando futuras decisões sobre a mistura de combustíveis no Brasil.

A implementação da Lei Combustível do Futuro marca um momento crucial na história energética do Brasil. Com os desafios e as oportunidades que ela apresenta, o país reforça seu papel na transição global para fontes mais sustentáveis.

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