Marca chinesa de carros elétricos encerra atividades no Brasil – será que ela volta?

Fabricante de veículos Seres, da China, encerra suas operações no Brasil após vendas insatisfatórias.

Em julho de 2024, a marca chinesa Seres anunciou o encerramento de suas atividades no Brasil. A tentativa de se estabelecer no mercado nacional não prosperou, resultando em um número de vendas muito abaixo do esperado.

Desde sua chegada discreta em julho de 2023, a presença da empresa no país foi marcada por dificuldades e pouca visibilidade. Um ano após seu lançamento, a chinesa já havia interrompido suas vendas no Brasil.

A confirmação do encerramento das operações veio com a desativação do CNPJ da empresa e a retirada do site e das redes sociais do ar. A Seres vendeu apenas oito veículos no país durante esse período, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

Desempenho de vendas e dificuldades enfrentadas

O mercado brasileiro foi desafiador para a Seres, com apenas cinco unidades do Seres 3 e três do Seres 5 vendidas. Importados de Xangai, os preços chegaram a R$ 239.900 para o primeiro e R$ 394 mil para o segundo.

Esses valores, aliados à estratégia inicial de vendas exclusivamente online, contribuíram para o fracasso nas vendas.

Fatores que influenciaram o encerramento

Alguns elementos foram determinantes para o insucesso da marca no Brasil. A falta de divulgação e de reconhecimento da marca entre os consumidores brasileiros foi um dos principais obstáculos.

Mesmo com a parceria da Huawei, a fabricante não conseguiu atrair a atenção dos compradores. Além disso, o design dos veículos não se destacou entre os concorrentes, sendo considerado genérico por muitos.

Seres desistiu do Brasil?

Com a saída da Seres do mercado, o CNPJ brasileiro da empresa foi desativado, indicando o fim definitivo das operações. Seu site e redes sociais também foram desativados, apagando qualquer vestígio de sua breve passagem pelo Brasil.

Porém, planos para um retorno estão em andamento, agora sob nova liderança. João Marcos Lucas, que liderou a operação inicial da montadora no Brasil, garantiu que a empresa não desistiu do mercado brasileiro.

Apesar de admitir o insucesso da primeira tentativa, ele afirma que a marca ainda possui potencial, especialmente com novos representantes mais experientes no mercado automotivo.

Para viabilizar o retorno, a prioridade é encontrar um representante de grande porte e com experiência no setor, semelhante ao grupo Caoa. Rumores indicam que a volta da marca ao Brasil pode ocorrer a partir do modelo Aito M9, mas o plano de reestruturação ainda não foi revelado.

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