Medida do governo beneficia 16 montadoras na importação de veículos desmontados

Governo zera alíquota para importação de veículos desmontados, beneficiando 16 montadoras, por seis meses.

O governo brasileiro anunciou a isenção de alíquotas de importação para veículos híbridos, híbridos plug-in e elétricos nos formatos CKD e SKD. A medida, válida por seis meses, beneficia 16 montadoras, sob um teto de US$ 463 milhões.

Essa iniciativa, regulamentada pela Portaria Secex nº 420/2025, visa facilitar a entrada de carros no país.

Entretanto, a prática recebe críticas por não promover a geração de empregos e a reindustrialização. Em muitos casos, as fábricas funcionam apenas como linhas de montagem simples, sem agregar valor local ou estimular inovações.

A importação de peças prontas diminui a integração com fornecedores nacionais, impactando a indústria brasileira.

Montadoras beneficiadas pelo governo

Das 16 montadoras que receberam a isenção, nove já possuem ou planejam instalar operações no Brasil em breve. A relação completa das empresas autorizadas inclui:

  • Audi
  • BMW
  • BYD
  • Caoa Chery
  • GAC
  • GWM
  • Honda
  • Hyundai
  • Jaguar Land Rover
  • Kia Motors
  • Mercedes-Benz
  • Omoda-Jaecoo
  • Porsche
  • Renault
  • Toyota
  • Volvo

Formatos CKD e SKD

Os sistemas CKD e SKD são utilizados para diminuir custos tributários e facilitar a importação de veículos.

O CKD envolve o envio de veículos totalmente desmontados para montagem completa no Brasil. Já o SKD permite uma montagem local simplificada, uma vez que o veículo chega parcialmente montado.

Impactos na indústria nacional

A adoção desses sistemas levanta preocupações sobre o fomento à indústria nacional. A falta de geração de empregos em larga escala e a baixa interação com a cadeia produtiva local vão contra os objetivos de reindustrialização.

Parte do setor defende políticas que priorizem o conteúdo nacional e a inovação.

A decisão do governo de isentar impostos sobre a importação de veículos desmontados reflete um esforço para atrair investimentos e facilitar a entrada de novas tecnologias no país. Porém, as críticas sobre a falta de impacto positivo na geração de empregos e desenvolvimento industrial continuam a ser um ponto de debate.

O futuro da indústria automobilística brasileira dependerá de um equilíbrio entre incentivos à importação e o fortalecimento da produção local.

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