Mistério! Por que a Volvo deixará de divulgar suas margens de lucro?

Fabricante sueca anuncia que deixará de divulgar as margens brutas que obtém a partir do terceiro trimestre. Entenda o motivo.

A divulgação dos resultados obtidos é algo natural para qualquer empresa, sobretudo as de capital aberto, que precisam prestar contas aos investidores. É nesse balanço que a companhia informa dados como vendas e receitas, por exemplo.

Por mais corriqueiro que pareça o processo, a Volvo decidiu que não irá mais compartilhar os dados relativos às margens brutas dos seus carros. A informação é considerada extremamente relevante do ponto de vista de métricas financeiras, já que corresponde à diferença entre a receita total e os custos de produção dos veículos.

A publicação dos números gerados pelos veículos elétricos e modelos a combustão produzidos pela montadora sueca começou em 2022, a partir de um “desafio” feito por ela mesma.

Informação ‘competitiva e sensível’

Imagem: Shutterstock

A margem bruta é basicamente o valor que a empresa consegue gerar após incorrer em despesas diretas, sendo importante para a avaliação da rentabilidade de qualquer negócio.

Segundo Jim Rowan, diretor-executivo da Volvo, os percentuais obtidos com os veículos de sistemas de transmissão não serão mais publicados pela fabricante a partir do terceiro trimestre. Ele afirma que a decisão visa tornar a companhia “mais reservada com essa informação competitiva e sensível”.

A marca também diz que já comprovou a viabilidade de uma margem bruta semelhante entre carros elétricos e automóveis movidos a combustão interna.

Após a alta no preço do lítio, muitos especialistas afirmavam que não era possível comparar as margens desses dois tipos de veículos, mas a montadora decidiu provar o contrário.

“Decidimos ser transparentes com o mercado e mostrar que podíamos chegar a uma margem comparável”, disse Rowan.

No balanço do segundo semestre, a Volvo informou que atingiu uma margem bruta de 20% com os carros totalmente elétricos, enquanto a dos automóveis a combustão ficou na faixa dos 23%.

“Já o fizemos. Já provamos o nosso ponto de vista”, afirmou o executivo. “A questão agora é que estamos a lançar cada vez mais veículos elétricos e os nossos concorrentes podem começar a triangular essa informação”, completou.

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