Mito ou verdade: existe IPVA zero para carros elétricos no Brasil?

Políticas de isenção do IPVA para veículos elétricos no Brasil mostram variação significativa entre os estados. Saiba antes de se decidir!

A crescente preocupação com a crise climática global tem levado à busca de soluções mais sustentáveis no setor automotivo. Veículos elétricos, uma dessas soluções, são reconhecidos por sua capacidade de reduzir emissões poluentes. Entretanto, no Brasil, apenas 12 estados oferecem incentivos fiscais, como a redução ou isenção do IPVA, para esses veículos.

Essa disparidade entre os estados brasileiros cria um cenário desafiador para consumidores e fabricantes. A aplicação de incentivos depende de critérios variados que, em alguns casos, restringem benefícios com base na origem do veículo. Assim, cada estado adota políticas específicas, refletindo um equilíbrio entre o incentivo ao mercado automotivo e a retenção de receita fiscal.

IPVA para elétricos no Brasil

Foto: Shutterstock

Os estados brasileiros que incentivam a compra de veículos elétricos adotam medidas distintas. Em Minas Gerais, por exemplo, apenas veículos produzidos no estado são contemplados. No Maranhão, a isenção é exclusiva para compras em concessionárias locais. Alagoas oferece isenção apenas no primeiro ano após a aquisição.

No Rio Grande do Sul, o incentivo se limita a veículos elétricos puros, excluindo híbridos. Já no Rio de Janeiro, a alíquota reduzida é de 0,5% para elétricos e 1,5% para híbridos, sem restrição de origem. Essa diversidade de regras gera um mosaico de políticas fiscais no país.

Impactos e comparações internacionais

A preocupação com a possível redução na arrecadação é contraposta por especialistas que defendem os ganhos ambientais e tecnológicos dos benefícios fiscais. Em comparação, países como França e Noruega ampliam a adoção de elétricos com subsídios abrangentes, enquanto os EUA promovem políticas semelhantes.

O Brasil, além dos incentivos estaduais, vê cidades como o Rio de Janeiro adotando medidas locais para impulsionar a mobilidade elétrica. A Lei Estadual nº 9.870 prevê que 10% da frota pública seja elétrica até 2025, reforçando a transição energética no estado.

Perspectivas e desafios futuros

Apesar das iniciativas, a participação de veículos elétricos na frota geral ainda é pequena, alcançando apenas 0,20% no Rio de Janeiro em novembro de 2024. Especialistas sugerem maior coordenação entre os governos para superar barreiras econômicas e aumentar a adesão.

Analisando o cenário nacional, há uma necessidade clara de estratégia integrada para superar as disparidades regionais nos incentivos. A combinação de medidas fiscais com investimentos em infraestrutura de recarga pode ser crucial para expandir o mercado de veículos elétricos no Brasil, promovendo avanços ambientais e tecnológicos.

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