Mito ou verdade: Ram Rampage e VW Jetta só rodam com gasolina premium?
Modelos premium podem ser abastecidos com gasolina comum ou só aceitam combustíveis de alta octanagem? Descubra a resposta.
A maioria dos modelos de veículos premium, como Ram Rampage e VW Jetta GLI, costuma ter um desempenho melhor quando abastecidos com gasolina de alta octanagem. Isso levanta uma dúvida: será que eles só aceitam combustível premium?
Todos os três tipos de gasolina vendidos no Brasil devem ser aceitos pelos carros homologados no país: comum, aditivada e de alta octanagem. A diferença entre as duas primeiras é que a segunda, como o nome indica, contém aditivos que a outra não possui, substâncias para evitar a formação de detritos gerados pela combustão.
Já a gasolina de alta octanagem é diferente porque é mais resistente à queima dentro do motor, tendo como origem petróleo de melhor qualidade. Esse tipo de produto também recebe aditivos e tem baixo teor de enxofre, de 50 ppm. A Podium, da BR, chega a ter 30 ppm.
Não há diferença no poder calorífico entre a comum e a aditivada, mas a octanagem é de 91 (IAD), contra 87 nas demais. Quanto ao nome, as distribuidoras nomeiam sua gasolina de alta octanagem conforme bem entendem, como Octapro (Ipiranga), V-Power Racing (Shell) e a Podium (Petrobras).
Não vale a pena em todos os carros
O motor do carro precisa ter certas características para conseguir extrair vantagem dessa gasolina, como sistema de injeção eletrônico que ajusta a curva de avanço e taxa de compressão alta. Sem isso, não há ganho.
Inclusive, vários fabricantes aconselham o uso de combustível de alta octanagem em carros com motores turbinados, com injeção direta ou de alta performance, devido à elevada taxa de compressão. Para os automóveis de baixa cilindrada, não é possível garantir benefícios, uma vez que eles já atingem a potência máxima com gasolina comum.
Nos modelos mais populares, com propulsor de baixa cilindrada, por exemplo, a gasolina premium traz vantagens mais discretas. A BR recomenda o produto premium para motores com compressão igual ou superior a 10:1, sob a promessa de retomadas mais rápidas e ultrapassagens mais seguras. No entanto, cada motorista deve analisar o custo-benefício, já que o combustível tem um preço elevado.