Motinhas elétricas na mira: fiscalização pesada começa em 2026

Fiscalização intensificada para ciclomotores começa em janeiro de 2026, com exigências de CNH, placa e licenciamento.

A era da informalidade para motinhas elétricas nas ruas brasileiras está prestes a acabar. Com a chegada das novas regras do Contran, a partir de 1º de janeiro de 2026, os ciclomotores que circularem sem placa, licenciamento ou CNH/ACC estarão sujeitos a multas pesadas e até apreensão.

A mudança visa organizar o trânsito, diferenciar veículos de lazer de transporte motorizado e aumentar a segurança de todos.

Novas regras: o que muda para os ciclomotores

A Resolução 996 do Contran já sinalizava a necessidade de regulamentação, e agora o prazo final se aproxima. O foco é claro: garantir que veículos motorizados, mesmo pequenos, sejam devidamente documentados e conduzidos por motoristas habilitados.

As principais exigências para ciclomotores elétricos incluem:

  • CNH Categoria A (moto) ou ACC para ciclomotores.
  • Emplacamento e licenciamento anual junto ao Detran.
  • Uso obrigatório de capacete adequado para motociclistas.

Estados como o Rio de Janeiro já indicam que poderão cobrar IPVA sobre esses veículos, tendência que deve se espalhar nacionalmente.

Foto: Reprodução

Bicicleta elétrica, autopropelido ou ciclomotor: qual a diferença?

A confusão é comum, mas a legislação é precisa. A classificação depende da potência, velocidade e presença do acelerador, não do visual. Confira:

Bicicleta Elétrica

  • Definição Técnica: motor até 1.000W, velocidade máxima de 32 km/h, pedal assistido (sem acelerador).
  • Exigências: isento de placa e CNH.

Autopropelido

  • Definição Técnica: patinetes e monociclos; motor até 1.000W, velocidade máxima de 32 km/h.
  • Exigências: isento de registro.

Ciclomotor

  • Definição Técnica: motor até 4.000W, velocidade máxima de 50 km/h ou possui acelerador.
  • Exigências: placa, CNH/ACC e capacete.

Moto Elétrica

  • Definição Técnica: velocidade acima de 50 km/h ou motor acima de 4 kW.
  • Exigências: placa, CNH categoria A e capacete.

Regra de ouro: se o veículo tem acelerador manual ou ultrapassa 32 km/h, é considerado ciclomotor e precisa ser regularizado.

Foto: Shutterstock

Perguntas frequentes sobre a fiscalização

Veja a seguir uma lista de perguntas e respostas mais comuns a respeito da nova fiscalização:

1. Ciclomotor antigo sem placa?

Você tem até 31 de dezembro de 2025 para regularização. Após essa data, a circulação será considerada multa gravíssima com risco de apreensão.

2. Bicicleta elétrica precisa de CNH?

Não, desde que o motor funcione apenas com pedal e não ultrapasse 32 km/h. Se houver acelerador, passa a ser ciclomotor e exige CNH.

3. Cadeira de rodas motorizada está incluída?

Não. Veículos para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida permanecem isentos de habilitação e registro.

4. Quando será o início da fiscalização?

A aplicação rigorosa da lei começa em 1º de janeiro de 2026, mas o período atual deve ser usado para adaptação e regularização.

Placa, CNH e multas a partir de 2026

O fim da “terra sem lei” para motinhas elétricas representa uma modernização do trânsito, mais segurança e responsabilidade no uso de veículos motorizados leves.

Motoristas que se prepararem e regularizarem seus ciclomotores estarão protegidos e aptos a circular sem problemas, enquanto quem deixar para depois corre risco de multas e apreensão.

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