Motorista de aplicativo desabafa: por que está cada vez mais difícil atingir os ganhos de antigamente?

Em 2017, Rafael Borges, residente de Brasília, enfrentou uma mudança drástica em sua carreira. Após concluir um contrato temporário de oito anos no Exército, ele se deparou com o desemprego. Com um bebê recém-nascido, a pressão financeira aumentou.

Em meio à ansiedade, um amigo mencionou a possibilidade de trabalhar como motorista de aplicativo. Rafael encontrou uma nova fonte de renda nos serviços de transporte, iniciando sua trajetória com a Uber e, posteriormente, com a 99.

Início na nova jornada e desafios

A primeira corrida de Rafael foi memorável. Ele recebeu uma solicitação para transportar uma passageira do Sudoeste ao Guará e viveu uma experiência repleta de incertezas, pois o destino não era revelado até o início da viagem.

Entretanto, essa corrida marcou o começo de sua dedicação aos apps, trabalho que já dura oito anos, com uma breve pausa quando conseguiu uma vaga temporária.

Com o setor de transporte se transformando, Rafael percebeu que as tarifas permaneceram inalteradas, enquanto os custos, como o combustível, só aumentaram ao longo do tempo.

Em entrevista ao 55content, ele também destacou a insegurança ao lidar com passageiros desconhecidos, enfatizando a necessidade de medidas de segurança mais severas.

Queda nos ganhos e conselhos

Hoje, Rafael concentra suas atividades nos finais de semana, quando sua esposa está disponível para cuidar dos filhos. A rotina inclui adaptar-se às necessidades de uma das crianças, especialmente daquela que é autista e requer terapias especiais.

Sua meta é atingir R$ 1.000 em três dias, considerando lucro o que ultrapassa essa margem. Segundo ele, o valor obtido em um dia inteiro é equivalente ao que ganhava em apenas uma manhã de serviço.

Rafael aconselha aqueles que desejam ingressar na profissão a experimentarem diferentes possibilidades. Ele recomenda buscar dicas de motoristas veteranos e investir em recursos de segurança. Além disso, ressalta a importância de conhecer os melhores locais e horários para trabalhar.

Em sua reflexão final, Rafael destaca a liberdade proporcionada pelo trabalho, mas reconhece que são necessárias melhorias nas tarifas. Apesar dos desafios, ele encontra satisfação na flexibilidade que o emprego oferece, a qual lhe permite cuidar de sua família.

*Com informações de 55content.