Não é tão fácil: saiba como identificar uma bomba branca na hora de abastecer
Mesmo em postos com bandeira, consumidor pode se deparar com bombas com combustível fornecido por outro distribuidor.
Existe uma prática permitida no Brasil que causa uma boa parcela de polêmica para os que a conhecem, embora para muitos ela passe despercebida. Estamos falando da chamada “bomba branca” presente nos postos de combustíveis do país.
Os especialistas recomendam ao motorista sempre abastecer em um posto de confiança, por isso os mais conscientes procuram estabelecimentos de marcas como Shell, Ipiranga e Petrobras para adquirir o produto com tranquilidade. Porém, hoje em dia até a escolha da bomba pode influenciar na qualidade do produto adquirido.
A bomba branca em postos bandeirados tem permissão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), então o jeito é ficar atento.
Quais os riscos da bomba branca?
Há cerca de três anos, a ANP autorizou os estabelecimentos de abastecimento brasileiros a ter em suas dependências uma bomba com combustível que não é fornecido pela distribuidora de sua bandeira.
Em outras palavras, o motorista entra no posto de uma marca famosa, mas pode acabar enchendo o tanque com o produto de outra refinaria, geralmente desconhecida.
A prática é autorizada como forma de estimular a concorrência e segue algumas regras, como a necessidade de identificação da diferença para o condutor. No entanto, esse cartaz, ou seja lá qual for o método usado para informar o consumidor, frequentemente passa despercebido.
Quem escolhe a bandeira do posto justamente para garantir que está abastecendo com combustível de qualidade pode ficar sem as garantias que alguém acredita ter.
Abastecer em uma bomba branca não significa, necessariamente, que o combustível é de má qualidade ou adulterado. Por outro lado, não há segurança de que ele possui o mesmo padrão dos produtos vendidos pela distribuidora da marca escolhida.
Foto: Divulgação
Proibição da bomba branca
No fim do ano passado, o promotor Fernando Martins, do Ministério Público de Uberlândia, proibiu a prática da bomba branca no município e determinou que os estabelecimentos devem vender apenas os combustíveis fornecidos pelas distribuidoras de sua bandeira.
A ANP estendeu a determinação para todo o Brasil, mas a decisão foi mantida por pouco tempo.
Atualmente, a proibição é válida apenas em 14 municípios do Triângulo Mineiro. Nas demais cidades do Brasil, a bomba branca continua sendo autorizada, então é preciso ficar atento na hora de abastecer o seu veículo.