Não só futuro: carros voadores já são realidade e passam por testes

Embora existam projetos sendo testados, a efetiva chegada de veículos voadores às “ruas” deve levar algum tempo. Entenda o panorama atual.

As representações do futuro em obras de ficção mais antigas frequentemente colocavam os carros nos céus, fazendo muita gente imaginar que em alguns anos viveríamos uma realidade de carros voadores. Apesar de esses dias ainda não terem chegado, eles estão mais próximos do que jamais estiveram.

Ao redor do mundo, algumas empresas estão desenvolvendo e até testando modelos voadores e totalmente autônomos. Uma delas é a Kitty Hawk, chefiada por Sebastian Thrun, presidente da Udacity que revolucionou o mundo com os carros autônomos. Seu fundador é Larry Page, cofundador do Google.

A companhia já possui protótipos capazes de voar a 32 km/h, a uma altitude máxima de 16 metros.
Outros nomes mais tradicionais, como a Rolls-Royce, também trabalham para ter veículos voadores velozes e com boa autonomia até o início da próxima década.

Por aqui, o projeto está nas mãos da Embraer, que desenvolve um próprio carro com velocidade de 240 a 320 km/h, altitude de até 600 metros e autonomia de 96 km.

A categoria mais relevante de veículos voadores é a eVTOL, sigla em inglês que significa “aeronave de decolagem e aterrissagem vertical elétrica” em português. Ela se diferencia dos helicópteros porque, dentre outras características, não exige grandes pistas para pouso e decolagem.

(Foto: Divulgação/Joby Aviation)

Demora tem motivos

A “demora” para a chegada dos carros voadores é resultado dos desafios que envolvem esse tipo de tecnologia, como a dificuldade no comando de um equipamento com diversas hélices. Para voar em segurança, o veículo exige um bom sistema de apoio computadorizado e forte propulsão.

Outra questão é o design, que deve considerar aspectos climáticos (chuva, vento, etc.) e a estrutura das próprias cidades (prédios, torres, etc.). Ficar no ar em circunstâncias como essas demanda alta tecnologia e peças robustas. A boa notícia é que o surgimento de materiais cada vez mais leves e resistentes ajuda no processo, assim como a evolução das baterias.

Outra questão importante é a regulamentação de trânsito, que precisará ser atualizada para incluir os veículos voadores, já que eles são diferentes de carros, aviões e helicópteros. Também vale mencionar o desafio do ruído, que ainda não chegou a níveis aceitáveis para o ambiente urbano.

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