Ninguém merece: 3 carros usados com manutenção complicada (e cara!)

De sedã a SUV, alguns modelos disponíveis no mercado dão uma verdadeira dor de cabeça na hora da manutenção.

O mercado de usados está cheio de oportunidades tentadoras que surpreendem os motoristas, como importados e esportivos a preços atrativos. Na hora de fechar o negócio e assinar o contrato de compra, o proprietário não pode considerar apenas o status trazido por esses modelos, mas também as dificuldades.

Mesmo que seu valor esteja semelhante ao de modelos novos e menos equipados e potentes, alguns carros possuem manutenção complicada e cara. Por isso, ainda que o comprador consiga um bom acordo, o barato pode acabar custando caro.

Essa análise contempla pontos como plano de manutenção, peças de reposição, pós-venda e quantidade de concessionárias no Brasil, além de eventuais adaptações do automóvel para o mercado nacional.

“O grande problema está na ausência de garantia, além de ser muito importante consultar se a seguradora realiza a apólice e contratar um profissional para fazer uma avaliação técnica antes de realizar uma compra por impulso”, diz Cássio Yassaka, dono da Cassio Serviços Automotivos.

Usados com manutenção cara e difícil

Se você precisa de ajuda para escolher um usado que não vai trazer dor de cabeça com a manutenção, selecionamos alguns modelos para evitar.

1. Fiat 500

O charmoso Cinquecento, em italiano, desembarcou por aqui em 2009 com um motor de quatro cilindros 1.4 16V e um câmbio manual de seis marchas. Algumas motorizações depois, ele deixou de ser importado em 2015, mas voltou em 2017 com um propulsor 1.4 flex e a caixa manual.

O defeito do pequeno é sua suspensão macia demais. “Tudo nele é passível de indenização total (PT) em uma eventual colisão, além de haver dificuldade na obtenção de peças de reposição. Tive um caso de uma cliente que ficou meses com o carro parado, aguardando um novo vidro para o para-brisa. Também não existe compatibilidade de componentes entre os modelos polonês e mexicano”, conta o profissional.

“É para ser um carro de curtição ou a segunda opção da garagem”, pontua.

2. Chevrolet Captiva

O SUV foi lançado no Brasil em 2008 e, desde então, já apresentou diferentes propulsores. De acordo com o especialista, as maiores dificuldades são encontrar peças de reposição e contratar seguro.

As companhias de seguro não fazem mais a apólice dos modelos 2010, assim como há uma dificuldade de encontrar peças de reposição e de acabamento. Às vezes, o valor do reparo ultrapassa o valor do carro”, explica Yassaka. “Além disso, atualmente, muitos profissionais não querem nem mexer”, completa.

3. Ford Fusion

O sedã lançado no Brasil em 2006 era vendido em apenas uma versão com motor de quatro cilindros 2.3 16V de 162 cv e 20,7 kgfm, atrelado a um câmbio automático de cinco marchas. Uma nova geração chegou em 2012 com motor de quatro cilindros 2.0 e um segundo propulsor elétrico de 118 cv e 24,5 kgfm, dificultando a encontrar peças.

“É um carro com boa engenharia, só que a falta de peças o torna uma compra não recomendada. Isso é potencializado na versão Hybrid, cujo preço da bateria de íon de lítio é na faixa de R$ 70.000”, detalha o especialista.

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