Nova gasolina: o que é e como ela pode mudar sua forma de dirigir?
Gasolina mais “verde” está em fase de testes e visa tornar o combustível mais eficiente e sustentável.
Uma das maiores preocupações da indústria automotiva nos tempos atuais é a exigência relacionada à emissão de gases poluentes na atmosfera. Isso acontece porque os veículos movidos a combustão continuam sendo uma das principais fontes de emissão ao redor do planeta.
Para reduzir o nível de poluição da atmosfera, os governos vêm criando novas metas e obrigando as montadoras a produzir modelos mais “sustentáveis”. Outra maneira de atingir esses objetivos é o desenvolvimento de combustíveis “verdes”, ou seja, menos poluentes.
Nova gasolina ‘verde’
Nesse cenário, surgiu a nova gasolina, também conhecida como e-fuel, uma versão do produto mais sustentável para o meio ambiente e mais eficiente para os motores dos carros.
O e-fuel é uma alternativa de combustível que não utiliza petróleo em sua composição. Em vez dele, a matéria-prima principal é o hidrogênio e o dióxido de carbono presentes na atmosfera.
A ideia a nível global é acabar com a necessidade de extração e a dependência de combustíveis fósseis, além de contribuir com a redução da emissão de CO2. Outra vantagem da gasolina verde é que ela auxilia no funcionamento dos motores à combustão, uma vez que reduz danos e prolonga a vida útil do componente.
Hoje, grandes marcas como Porsche, Audi e BMW desenvolvem testes e pesquisas com o combustível sintético, que também conta com bastante apoio e interesse da Alemanha. Segundo a agência de notícias Reuters, o governo alemão chegou a destinar US$ 17 bilhões em subsídios para transformar usinas de gasolina comum em plantas de processamento de hidrogênio.
Até 2025, a Fórmula 1, principal categoria do esporte automotivo, anunciou que planeja utilizar gasolina sintética. Além disso, o plano é utilizar somente combustíveis sustentáveis nos carros a partir de 2026.
Desafios
O grande desafio para uma adesão mais ampla à nova gasolina é o alto custo de produção do combustível. O gasto atual para transformar CO2 e hidrogênio em combustível é até quatro vezes maior do que para fazer o derivado de petróleo.
Por esse motivo, é possível que esse tipo de gasolina sintética demore a chegar aos carros dos motoristas comuns, os quais terão que buscar outras alternativas para poluir menos.