Nova GREVE dos caminhoneiros: gasolina pode ultrapassar R$ 10 com nova paralisação
Mobilização dos caminhoneiros pode causar desabastecimento e elevar preço da gasolina a R$ 10.
A possibilidade de uma greve dos caminhoneiros nesta quinta-feira (4) acendeu um sinal de alerta em todo o país. A simples articulação de uma paralisação já é suficiente para provocar tensão entre consumidores, especialistas e toda a cadeia logística.
Afinal, desde 2018, o Brasil não esqueceu o impacto que uma interrupção prolongada nas estradas pode causar, desde prateleiras vazias até o preço da gasolina ultrapassando R$ 10 em alguns postos.
O movimento atual, embora ainda sem confirmação definitiva, levanta dúvidas e traz novamente ao centro do debate a precarização da profissão, o risco de desabastecimento e os possíveis efeitos imediatos sobre a inflação.
Vai ocorrer uma nova greve dos caminhoneiros?
De acordo com informações divulgadas pelo portal Metrópoles, grupos de caminhoneiros de várias regiões estão se organizando para uma paralisação nacional.
Diferentemente de protestos passados, lideranças garantem que o ato não tem caráter político ou partidário. O foco, afirmam, é a sobrevivência da categoria em meio às condições cada vez mais difíceis enfrentadas nas estradas.
Daniel Souza, influenciador e figura importante da greve de 2018, reforçou a gravidade da situação:
“A realidade dos caminhoneiros está precária: baixa remuneração, falta de estrutura e insegurança. O respeito com a nossa classe acabou.”
A fala ecoa entre motoristas que relatam perda de renda, aumento de custos e falta de políticas efetivas de proteção ao trabalho.
Quais são as principais reivindicações da categoria?

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Para evitar que a greve de fato aconteça, os caminhoneiros apresentam quatro exigências consideradas essenciais:
- Aposentadoria especial após 25 anos de trabalho comprovado;
- Estabilidade contratual, garantindo demanda mínima de fretes e serviços;
- Cumprimento das leis vigentes, incluindo fiscalização efetiva das normas já existentes;
- Revisão do marco regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas, com regras mais claras e protetivas.
- Segundo representantes, essas medidas são fundamentais para que a profissão continue viável em longo prazo.
O preço da gasolina pode chegar a R$ 10 novamente?
O impacto mais imediato de uma eventual paralisação seria sentido diretamente nas bombas. Em 2018, a greve de dez dias provocou uma explosão no preço dos combustíveis, levando o litro da gasolina de uma média de R$ 3,87 para mais de R$ 10,56 em alguns estados.
Atualmente, o cenário já é preocupante: a média nacional da gasolina gira em torno de R$ 6,16, segundo levantamentos recentes.
Qualquer sinal de desabastecimento pode levar postos a praticarem valores abusivos, pressionando a inflação e encarecendo o transporte público, os alimentos e praticamente toda a cadeia produtiva.

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Categoria dividida pode afetar o movimento
Apesar da mobilização crescente, a categoria não está completamente unida. Parte dos caminhoneiros autônomos rejeita a ideia de paralisação, alegando receio de que o movimento esteja sendo influenciado por interesses políticos não declarados.
Mesmo assim, especialistas alertam: se a adesão for significativa, os efeitos nas grandes cidades podem ser sentidos em poucas horas, desde filas em postos até atrasos no abastecimento de supermercados, farmácias e indústrias.
*Com informações Metrópoles