Nova regra pega motoboys de surpresa e exige mudança imediata no Brasil
Novas exigências para motoboys incluem curso e idade mínima, impactando o setor de entregas.
O trabalho de motoboy no Brasil acaba de enfrentar uma transformação radical. A nova legislação federal impõe regras rigorosas que exigem qualificação formal, uso de equipamentos obrigatórios e restrições de idade, elevando a segurança, mas também criando barreiras inéditas para profissionais da área.
Se você depende de entregas sobre duas rodas, é hora de entender como se adequar e evitar multas ou até a suspensão da CNH.
Curso obrigatório e a averbação na CNH
A mudança mais impactante atinge diretamente a qualificação profissional. Não basta mais “saber pilotar”: a nova lei exige que todo motoboy realize um curso especializado, cujo registro deve estar averbado na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Ter apenas o certificado em mãos não é suficiente. Para o agente de trânsito, o que conta é o registro oficial no sistema do Detran, acessível durante blitz e fiscalizações. A falta de averbação pode resultar em:
- Multa elevada;
- Risco de apreensão da motocicleta;
- Possível suspensão da CNH.
Essa medida visa profissionalizar o setor e reduzir acidentes, mas também impacta diretamente quem trabalha informalmente ou deixou a regularização para depois.

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Idade mínima e experiência exigida
A nova norma também cria barreiras de entrada inéditas. Para atuar legalmente como motoboy, o profissional precisa:
- Ter no mínimo 21 anos;
- Possuir CNH categoria A há pelo menos dois anos.
Essa exigência dificulta o acesso de jovens de 18 a 20 anos, que tradicionalmente viam nos aplicativos de entrega uma porta rápida para o mercado de trabalho. Agora, será necessário planejamento, investimento em cursos e paciência antes de entrar oficialmente na profissão.
Colete refletivo: de acessório a obrigação legal
O colete refletivo deixou de ser apenas um item de segurança e virou equipamento obrigatório em todo o território nacional.
A ausência do colete não gera apenas multa simples: pode levar à suspensão da CNH, impossibilitando que o profissional trabalhe até regularizar a situação.
Investir no equipamento é essencial não apenas para cumprir a lei, mas também para proteger a própria vida nas ruas, reduzindo o risco de acidentes.
Segurança, profissionalização e desafios
O objetivo das novas regras é claro: proteger a vida de motoboys e pedestres, além de aumentar a qualificação da categoria.
Ao mesmo tempo, a legislação eleva o nível de exigência e impõe custos adicionais, como cursos, equipamentos e tempo de experiência.
Essa mudança representa um divisor de águas para o setor. Quem se adequar terá mais reconhecimento e segurança; quem ignorar, poderá ficar fora do mercado legal ou perder a CNH, enfrentando consequências graves.
A era do motoboy sem preparo acabou: curso, idade mínima e colete refletivo são agora obrigatórios. Estar informado e regularizado não é mais uma opção, é a única forma de manter sua CNH ativa e continuar atuando nas ruas de forma segura e legal.