O jeito que você lava seu carro elétrico pode comprometer a garantia; veja práticas que anulam a cobertura

Exploramos os desafios e condições das garantias de fábrica dos carros elétricos mais vendidos no Brasil.

A aquisição de veículos elétricos no Brasil está em ascensão, atraindo consumidores por oferecerem consumo mais econômico, torque instantâneo e funcionamento silencioso, além de outras vantagens.

Contudo, a compra de um elétrico também traz novos desafios, especialmente no que se refere à manutenção e garantia desses automóveis.

A popularidade dos carros elétricos resulta em um aumento das opções de mercado, mas também em receios quanto ao investimento inicial. São necessários cuidados especiais para manter a garantia de fábrica, o que pode variar conforme os fabricantes.

Detalhes específicos da garantia de elétricos

Acidentes, uso imprudente e modificações indevidas são motivos comuns para o cancelamento da garantia. Além dessas razões conhecidas, algumas montadoras determinam limites de perda de carga como referência para a substituição da bateria.

A autonomia de um BYD Dolphin, por exemplo, pode diminuir até 60% sem que isso caracterize a necessidade de troca da bateria. Além disso, fatores como calor excessivo ou métodos inadequados de lavagem podem impactar negativamente na garantia oferecida pela marca.

Para evitar a perda da proteção, o comprador deve estar atento a algumas exigências e prazos. Exploramos essas particularidades para ajudar os consumidores a tomar decisões informadas.

BYD Dolphin, Seal e Yuan

Os modelos da BYD são líderes em vendas no Brasil, responsáveis por 64% dos emplacamentos no mês passado. Porém, a garantia dos veículos, como Dolphin, Seal e Yuan, sofre reduções se forem utilizados para fins comerciais, como táxi ou transporte por aplicativo.

A marca proíbe expressamente o uso do automóvel para reboque, sob risco de perda da proteção. O manual também contém outras proibições, como evitar que a bateria fique com menos de 5% de carga por mais de 14 dias.

Usar um carregador não recomendado pela BYD, deixar o carro parado por mais de 3 meses sem recargas mensais e a abertura do compartimento de bateria por terceiros são outros exemplos de práticas que encerram a garantia de fábrica.

GWM Ora 03 e sua flexibilidade

Diferentemente da concorrência, a GWM permite que o Ora 03 seja utilizado como reboque, sem estabelecer um limite preciso para a perda de carga da bateria.

Sua garantia cobre tanto o veículo quanto o sistema elétrico, mas eles possuem prazos diferentes, com um diferencial de 8 anos para a bateria de tração.

Para itens sem cobertura extra prevista pela marca, valem os 90 dias previstos pelo Código de Defesa do Consumidor.

Peugeot e-2008: simplicidade na garantia

De forma geral, os termos de garantia da Peugeot para o elétrico são os mesmos válidos para os modelos a combustão, com exceção da bateria.

Para o Peugeot e-2008, a empresa oferece três anos de cobertura para o carro e componentes elétricos, enquanto a proteção da bateria é estendida para oito anos ou 160.000 km.

Atenção é necessária durante as lavagens, pois a pressão da água não deve exceder os 80 bar. O manual também ordena a carga total do SUV a cada 3 meses, caso fique parado, além de proibir o reboque com ele.

Outras marcas:

  • Volvo XC40 e C40: permite o uso de mangueiras de alta pressão, mas o jato não deve ser direcionado ao bocal de carregamento em uma distância menor do que 30 cm. A marca também proíbe o motorista de estacionar o veículo em local com temperatura superior a 55ºC por mais de 24 horas.
  • JAC e-JS1: proíbe a exposição do veículo a temperaturas acima de 45ºC e determina uma perda de até 25% para troca da bateria (75% da original).

Além dessas, Renault e Ford estabelecem suas próprias condições. Cada fabricante possui suas regras específicas, desde o uso de carregadores até a forma de estacionar o veículo.

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