O jogo virou? Passageiros utilizam mais carro e apps de transporte do que ônibus

Os hábitos de mobilidade dos brasileiros passaram por uma grande transformação nos últimos anos, aponta a Pesquisa CNT de Mobilidade da População Urbana 2024. Os dados mostram que o transporte por aplicativo cresceu mais de 10% entre 2017 e 2024.

Nesse período, o uso das plataformas como Uber e 99 disparou de 1% para 11,1%, segundo o levantamento realizado pela Confederação Nacional de Transportes (CNT) em parceria com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).

Aproximadamente 29,4% dos participantes afirmaram usar somente o ônibus como meio de transporte, enquanto 27,5% dos entrevistados disseram ter reduzido o uso desse meio. A alta é impulsionada pela tentativa de encontrar mais conveniência e segurança, como trajetos mais personalizados e menor exposição a condições adversas.

Mais segurança e bem-estar para os motoristas

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Essa mudança nos hábitos dos brasileiros ilustra ainda a necessidade de garantir condições mais adequadas aos profissionais que prestam serviços de transporte.

Segundo Pedro Inada, cofundador do StopClub, o aumento na demanda pelo transporte por app deve desencadear melhores condições de trabalho e ferramentas para os trabalhadores do setor.

“A integração de tais ferramentas não só beneficia esses profissionais, mas também contribui para a melhoria geral da experiência de transporte para os usuários”, diz.

“A confiança nesse tipo de serviço está fortemente ligada à percepção de segurança e ao suporte adequado oferecido aos motoristas. Por isso, é necessário que as plataformas e os reguladores colaborem para desenvolver e implementar soluções que garantam a proteção e o bem-estar dos trabalhadores”, completa.

A melhoria das condições de trabalho e das ferramentas para os motoristas terá um papel essencial na sustentabilidade e na qualidade do mercado, à medida que os aplicativos de transporte e carros particulares crescem na preferência dos usuários.

Adaptar o transporte urbano às necessidades daqueles que utilizam os serviços é de extrema importância, mas não se pode negligenciar as condições dos trabalhadores se o objetivo é garantir um futuro mais promissor para o setor.