O que aconteceu após o conturbado lançamento do carro da Xiaomi?
Primeiro carro elétrico da marca chinesa chegou ao mercado com mais de 75 mil pedidos nos primeiros 28 dias após o lançamento.
Desde que a Xiaomi anunciou que iria lançar seu primeiro carro elétrico, o mercado ficou agitando para conhecer a grande novidade da empresa do ramo de tecnologia. No fim de março, o sedã SU7 estreou com mais de 75 mil pedidos e quase 6 mil entregas somente nos primeiros 28 dias.
O modelo de visual e especificações impressionantes trouxe ao mundo uma proposta competitiva e tecnologia avançada, como autonomia de até 700 km de autonomia no generoso ciclo chinês. Na versão intermediária (SU7 Pro), o alcance chega a impressionantes 830 km.
Outra especificação que despertou o interesse dos compradores foi a potência de 670 cavalos, com aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 2,78 segundos. Os números colocam o modelo ao lado de esportivos muito menos acessíveis.
Além disso, a bateria de 73 kWh da Xiaomi é produzida com a tecnologia Cell-to-Body (CTB), que liga as células à estrutura da carroceria, e ainda tem um sistema de proteção de 14 camadas que garante segurança e eficiência ao conjunto.
Falando de detalhes menos técnicos, o sedã vem de fábrica com equipamentos como tela de 16,1 polegadas com resolução 3K, volante com formato D, integração com dispositivos Xiaomi e 25 alto-falantes com Dolby Atmos.
Mas o mais impressionante de tudo isso é o preço: a partir de 215.900 yuans na versão mais básica (cerca de R$ 148,9 mil em conversão direta).
Xiaomi SU7 (Foto: Divulgação/Xiaomi)
Polêmicas prejudicam vendas
Após um começo avassalador e milhares de pedidos em poucos dias, o Xiaomi SU7 enfrentou uma grande polêmica relacionada a um defeito desconhecido no carro. Segundo o portal CarNewsChina, um proprietário afirma que o modelo apresentou uma falha grave e parou de funcionar totalmente após 39 quilômetros rodados.
Identificado apenas como Wen, o homem tinha praticamente acabado de sair com o carro da concessionária quando enfrentou a pane. Ele precisou ser rebocado de volta ao local, mas a equipe da marca não encontrou nenhum defeito e enviou o veículo de volta à fábrica da marca para uma nova análise.
Outro problema foram os cancelamentos. Segundo a imprensa chinesa, cerca de 55% das vendas foram canceladas por motivos como demora na entrega, já que o prazo para receber o produto era de até 31 semanas.
Mesmo em meio a um começo tão conturbado, a Xiaomi confirmou o lançamento do seu próximo carro, um SUV ainda sem nome com visual semelhante ao do SU7 que pode ser uma versão maior dele. Ainda não há muitas informações sobre a novidade, flagrada apenas com camuflagem.