Paraíso dos pedestres: estes são os bairros mais caminháveis do Brasil

Quanto maior a dependência do uso de automóveis, mais próxima de zero fica a cidade.

Se o assunto for mobilidade urbana, também devemos falar sobre caminhabilidade. Esse conceito está associado à capacidade do espaço público em oferecer aos pedestres uma boa experiência ao caminhar. Mas como isso pode ser alcançado? Podemos afirmar que seja pelo acesso facilitado às atividades cotidianas ou pela sensação de segurança ao andar na rua.

A plataforma norte-americana Walk Score, criada em 2007, é uma das ferramentas mais conhecidas para medir o índice de caminhabilidade. Ela se baseia na distância de comodidades como supermercados, parques, bibliotecas, restaurantes, cafés e escolas.

A partir daí, os bairros e regiões recebem notas de 0 a 100. Quanto maior a dependência do uso de automóveis, mais próxima de zero fica a cidade. Feito isso, e a partir dos dados coletados e de sites abertos, é possível verificar a conectividade das rotas para pedestres.

Cidades mais pedestres do Brasil

No Brasil, existem os chamados destinos acessíveis, com altos índices de caminhabilidade. Eles contam com boas pontuações atribuídas em razão de rotas num raio de 400 m, que permitem 5 minutos de caminhada. Para chegar nestes lugares, analisam-se as dimensões do ambiente construído, a densidade populacional, o relevo e o desenho urbano.

Dentre as cidades feitas para pedestres, está a capital São Paulo. A metrópole possui bairros considerados verdadeiros “paraísos para pedestres“, como o famoso bairro de Moema ou a Rua dos Pinheiros. Sua avaliação ficou acima dos 95%, mesmo considerando o trânsito caótico.

No Rio de Janeiro, os bairros de Copacabana e Ipanema receberam na avaliação de caminhabilidade impressionantes 97%. Já em Curitiba, os bairros Juvevê e Batel receberam 98% na avaliação. Carro para quê?

Foto: Kristi Blokhin/Shutterstock

Caminhabilidade e o mercado imobiliário

As cidades ideais para pedestres no Brasil atraem não apenas aqueles que desejam fazer as coisas a pé, mas também o mercado imobiliário. Isso ocorre porque o setor utiliza a facilidade de não precisar enfrentar o trânsito caótico para tarefas do dia a dia como um atrativo na prospecção de terrenos.

É o que explica a diretora de incorporação da Construtora Equilíbrio: “O pós-pandemia trouxe a usabilidade do lar como um conceito muito forte, não só dele, mas também da região ao redor. As pessoas querem sair, caminhar ao sol, praticar esportes, tomar um café e a preferência é por locais próximos. Por isso, avaliar dados neste sentido é estratégico e necessário para a construção civil”.

você pode gostar também