Petróleo cai, ministro fala e ações da Petrobras sentem o baque
Ações da Petrobras caem quase 4% após baixa no petróleo e análise de corte no preço do diesel solicitada pelo ministro de Minas e Energia.
Nesta segunda-feira, 7 de abril, as ações da Petrobras (PETR4) sofreram um declínio de 3,97%, fechando a R$ 33,18. O movimento negativo está relacionado à queda no preço do petróleo no mercado internacional e a um pedido do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para que a empresa reavalie o preço do diesel.
A recente desvalorização no preço do petróleo foi de 1%, intensificada pela crescente tensão nas relações comerciais entre Estados Unidos e China.
A guerra tarifária entre as duas potências gera receios de uma potencial recessão econômica global, levando à diminuição na demanda por petróleo.
Na última semana, a commodity Brent sofreu um declínio de 10,9%, consequência direta do aumento das tarifas chinesas sobre produtos americanos. Esse cenário fez com que os investidores passassem a prever uma probabilidade maior de recessão econômica.
Solicitação do Ministro à Petrobras
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De acordo com a Reuters, Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, solicitou que Magda Chambriard, presidente da Petrobras, considere a possibilidade de cortar o preço médio do diesel vendido às distribuidoras no Brasil. Este pedido ocorre em meio à recente queda nos preços do petróleo.
- Discussões informais
O diálogo entre o ministro e a presidente da Petrobras ocorreu de forma informal na semana anterior. Durante a conversa, Silveira destacou que o preço do Brent está em declínio, enquanto o dólar mantém certa estabilidade.
Na ocasião, Silveira apresentou à direção da Petrobras cálculos indicando a viabilidade de uma redução nos preços dos combustíveis. Esse cenário reflete a combinação de variáveis econômicas que afetam diretamente o setor energético.
Perspectivas
Diante dos movimentos do mercado e das solicitações governamentais, a Petrobras enfrenta desafios em ajustar seus preços de venda de diesel. A companhia precisa equilibrar as pressões externas e internas para garantir uma estratégia sustentável para o futuro próximo.
Assim, a queda das ações da Petrobras demonstra a complexidade das relações econômicas globais e a influência das decisões governamentais sobre o mercado financeiro e energético brasileiro.