Petróleo do futuro: Brasil inaugura 1º posto de hidrogênio limpo; veja onde

Brasil inaugura posto de hidrogênio limpo, impulsionando transporte sustentável e economia verde. Iniciativa destaca o potencial do etanol como fonte de energia.

O Brasil deu um passo significativo rumo à sustentabilidade energética com a abertura de sua primeira fábrica de hidrogênio limpo, localizada no campus Butantã da Universidade de São Paulo (USP).

A planta, que também funciona como um posto de abastecimento, é fruto de um projeto ambicioso iniciado há dois anos. Apoiado por empresas como Shell e Toyota, o projeto já recebeu investimentos de R$ 50 milhões.

A fábrica produz cerca de 100 kg de hidrogênio diariamente, quantidade suficiente para abastecer três ônibus urbanos, um rodoviário e dois automóveis.

Estes veículos, incluindo o Toyota Mirai e o Hyundai Nexo, são importados para facilitar estudos no local. A iniciativa não só promove a utilização do hidrogênio no transporte, mas também impulsiona a pesquisa e inovação em tecnologias limpas.

Processo de produção e vantagens do etanol

Foto: Divulgação/USP

O hidrogênio, conhecido como “petróleo do futuro” por suas propriedades sustentáveis, pode ser obtido por eletrólise ou reforma a vapor.

No Brasil, a inovação está na utilização do etanol, que reduz significativamente a temperatura necessária para a reação química, aumentando a eficiência e diminuindo a emissão de CO2. Essa técnica aproveita a infraestrutura já existente para o álcool, colocando o país em uma posição privilegiada.

  • Mercado em expansão

Especialistas preveem um crescimento notável no mercado de hidrogênio. A consultoria GVM estima que, até 2030, o setor movimentará cerca de US$ 300 bilhões anuais.

Além do transporte, o uso do hidrogênio pode se expandir para outras áreas, demonstrando seu potencial multifacetado.

Perspectivas futuras e parcerias estratégicas

Entre os parceiros do projeto, a Hyundai se destaca com investimentos significativos no Brasil, complementando a iniciativa da Marcopolo.

A Toyota também está engajada em explorar o potencial do hidrogênio, com seu projeto inovador Woven City, que usará essa fonte de energia para criar uma comunidade sustentável no Japão.

Os próximos passos incluem aprimorar o processo de produção e compreender melhor as vantagens logísticas e econômicas de produzir hidrogênio no local versus transportá-lo.

O reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti, ressalta que a acessibilidade de uma energia com menor pegada de carbono pode colocar o Brasil na liderança mundial em energia limpa, transformando pesquisas acadêmicas em realidades inovadoras para a sociedade.

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