Petróleo fica mais caro no exterior: gasolina vai subir de preço?
Aumento do valor do petróleo no mercado internacional deixa motoristas apreensivos. Será que vai subir? Veja o que diz a Petrobras.
Mesmo com a escalada dos preços internacionais do petróleo, a Petrobras anunciou que não pretende reajustar os preços dos combustíveis no Brasil no momento. A decisão ocorre mesmo após o barril ultrapassar US$ 80 (R$ 485,97) na segunda-feira. A estatal brasileira busca evitar a transferência da volatilidade externa para o mercado interno.
Nesta segunda-feira, o preço do barril de petróleo Brent atingiu US$ 81,20 (R$ 493,2), impulsionado por novas sanções dos EUA contra a Rússia e a instabilidade no Oriente Médio. Esse valor representa o pico mais alto desde agosto do ano passado. Apesar disso, a Petrobras assegurou que os preços da gasolina e do diesel não sofrerão alterações imediatas.
Impactos e defasagens
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A defasagem dos preços nacionais em relação ao mercado internacional é notável. A diferença é de 22% para o diesel e 13% para a gasolina. Esses cálculos têm como base a cotação do fechamento da última sexta-feira. Essa diferença tem gerado questionamentos sobre o impacto da alta dos preços globais nos valores locais dos combustíveis.
A Petrobras, no entanto, ressaltou que não é responsável direta pela comercialização nos postos. Outros fatores influenciam o preço final ao consumidor, como a mistura obrigatória de biodiesel no diesel, além de tributos e margens de distribuição e revenda. Portanto, os valores podem variar conforme os fornecedores e revendedores locais.
Histórico de reajustes
O último ajuste no preço da gasolina ocorreu em julho do ano passado, com um aumento de R$ 0,15 por litro. O diesel teve seu preço elevado em outubro de 2023. Desde então, a Petrobras realizou duas reduções nos preços em dezembro de 2023. Até o momento, nenhum reajuste foi efetuado em 2024.
A decisão da Petrobras de não repassar a alta dos preços internacionais para os combustíveis internos alivia os consumidores. No entanto, a defasagem atual pode exigir ajustes futuros para o alinhamento com o mercado internacional. A estatal continua monitorando o cenário global e suas implicações.