Pneus verdes possuem menor resistência à rolagem, mas e o desempenho na frenagem?

Lançados na década de 90 como uma solução do setor automotivo para contribuir com o meio ambiente, os pneus verdes possuem baixa resistência ao rolamento, o que significa que rodam mais facilmente no asfalto em relação aos tradicionais. Outro benefício desse componente mais “sustentável” é auxiliar na economia de combustível.

Em 2010, os modelos verdes tinham cerca de 10% de participação no mercado de pneus, mas esse número triplicou em apenas cinco anos, chegando a 30% em 2015.

O que diferencia o produto dos tradicionais é o material de fabricação, uma vez que ele é produzido com sílica e borracha especial, não com negro de fumo como os mais comuns. A sílica contribui para a dureza do produto, aumentando sua resistência contra deformidades, o que eleva a resistência ao rolamento. Essa característica faz dos pneus verdes uma boa estratégia para economizar combustível, já que resulta em uma redução de até 8% no consumo.

E o desempenho nas frenagens?

Apesar da perspectiva de benefício financeiro, muitos motoristas se perguntam se os pneus verdes entregam o mesmo nível de segurança dos equipamentos tradicionais. O medo é que eles tenham um desempenho pior em frenagens, sobretudo durante uma emergência.

A boa notícia é que sim, eles oferecem tanta ou até mais segurança que os convencionais. Nesse tipo de pneu, materiais especiais são misturados à borracha para garantir que o nível de aderência seja o mesmo, enquanto, ao mesmo tempo, oferecem uma resistência menor ao rolamento.

Cabe destacar que cada pneu tem características próprias e materiais diferentes selecionados pelo fabricante; portanto, não é possível afirmar que um pneu verde se comportará tão bem em uma mudança repentina de direção quanto o pneu comum (ou vice-versa). Porém, devido ao projeto, alguns modelos verdes conseguem até reduzir a distância de frenagem dos veículos quando comparados aos tradicionais.