Por quanto tempo o semáforo fica verde? Saiba como é feito o cálculo
Fórmula para definir o tempo de abertura do sinaleiro considera variáveis como o fluxo de carros por minuto na via.
Os semáforos são essenciais para controlar o fluxo de trânsito nas vias, sobretudo nas grandes cidades, onde milhares de carros circulam todos os dias. Isso nos leva a pensar sobre o funcionamento desses equipamentos e o tempo de duração de cada uma das luzes.
Para determinar o intervalo ideal em que o sinal ficará aberto em determinado trecho, é usada uma fórmula matemática baseada em variáveis como o fluxo de veículos por minuto. Esse cálculo chega ao ciclo correto de cada cruzamento, que corresponde ao tempo em que o semáforo passa pelas três fases (verde, amarelo e vermelho).
A duração desse ciclo é proporcional à intensidade de tráfego no cruzamento, ou seja, quanto mais intensa é a circulação na via, mais longo é o tempo de abertura. Após descobrirem o ciclo ideal, os técnicos determinam o chamado ‘tempo de verde’.
“Quanto mais congestionado o fluxo em um dos lados do cruzamento, mais tempo de verde ele ganha”, explica o engenheiro Sun Ming, da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET).
Outros fatores considerados
Além do fluxo de carros por minuto, a fórmula também se baseia no chamado ‘nível de saturação’, que parte de fatores como largura da via, volume de carros estacionados, presença de lombadas ou valas, entre outros.
Ademais, existe uma tentativa de sincronizar diferentes cruzamentos, para criar ‘ondas de verde’ e melhorar o fluxo de veículos nos corredores de tráfego.
Para chegar a esses números, os técnicos medem o fluxo e o nível de saturação médios de cada cruzamento por horas até criarem programas específicos para diferentes horários e dias da semana. Em locais menos importantes, esse ajuste é feito com base no método de tentativa-e-erro.
Existe ainda o semáforo de tempo real, no qual sensores sob o asfalto medem o fluxo de veículos e fazem os ajustes de forma automática. Ele é utilizado em quase mil cruzamentos na Grande São Paulo, mas os equipamentos são caros e muitos deles estão sem manutenção há anos.