Por que a Esso chegou ao fim após abastecer milhões de veículos no Brasil?
Marca encerrou suas operações no país após a fusão da multinacional Shell com a brasileira Cosan.
Quem já passou do começo da adolescência deve conhecer uma famosa marca de postos de combustíveis que esteve presente por décadas no Brasil, a Esso. O nome desapareceu do país em 2011 sem muitas explicações, mas muitos ainda se lembram dele.
O fim das operações da marca no país foi resultado da fusão entre a multinacional anglo-holandesa Shell e a brasileira Cosan, que originou a gigante do setor de energia Raízen. Após o negócio, a companhia nacional decidiu manter apenas o nome Shell em seus postos.
A decisão resultou na retirada do título Esso de todos os estabelecimentos e sua substituição pela marca da concha, que atualmente é uma das mais conhecidas no país. Mais de 1.700 postos adotaram a bandeira Shell nos três anos seguintes à fusão, atualização que custou cerca de R$ 130 milhões à Raízen.
Na época, o acordo assinado entre as duas empresas previa a produção de 2,4 bilhões de litros de álcool por ano para 5 bilhões em cinco anos.
Esso no Brasil
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A empresa norte-americana ExxonMobil Corporation, comercialmente conhecida como Esso, estreou no Brasil em 1912 e marcou a história como um grande caso de marketing. Nos anos 30, uma parceria com a agência de publicidade McCann Erickson colocou a marca entre as mais lembradas pelos consumidores.
Durante a década de 1940, ela patrocinou o popular programa jornalístico “Repórter Esso”, que deu origem ao famoso bordão “Senhoras e senhores, aqui fala o seu Repórter Esso, testemunha ocular da história, com as últimas notícias?”. A frase é lembrada até hoje por quem é bom de memória.
Outra investida publicitária de sucesso ocorreu em 1959, quando a empresa lançou o slogan “ponha um tigre no seu carro”.
No jornalismo, a companhia ainda é lembrada desde 1955 pela criação do Prêmio Esso de Jornalismo, que em 2014 se transformou em Prêmio ExxonMobil de Jornalismo, mas manteve sua relevância.