Por que acidentes com carros de luxo quase sempre resultam em perda total?

Acidentes com veículos de luxo estão se tornando comuns, revelando custos elevados de reparo e implicações para seguradoras.

Acidentes envolvendo automóveis de luxo frequentemente ganham destaque na mídia, principalmente quando o assunto são as fatalidades no trânsito e os altos valores desses veículos. Esses incidentes resultam frequentemente em perda total, especialmente quando os carros não possuem seguro.

Modelos de superesportivos, como Ferrari, Lamborghini e Porsche, podem ultrapassar R$ 1 milhão, tornando-se acessíveis a poucos. No Brasil, esse mercado é ainda mais restrito.

O alto custo de aquisição também tem reflexo nos valores de reparos após colisões, o que pode explicar essa tendência de perda total.

Embora exista seguro para esses veículos, muitos proprietários optam por não contratar. Mesmo entre milionários, a relação custo-benefício não compensa. Os valores elevados das apólices levam as seguradoras a classificar rapidamente os danos como perda total.

Dilema das seguradoras e os custos de reparo

As peças importadas e o próprio custo dos reparos tornam esses veículos candidatos a indenizações integrais. A especialização da mão de obra e a disponibilidade reduzida de peças são fatores que encarecem o conserto e complicam o processo.

Além disso, componentes frágeis e materiais, como fibra de carbono, aumentam a probabilidade de perda total.

Desafios das oficinas especializadas

Donos de oficinas especializadas em carros de alto desempenho destacam os desafios na reparação. O custo para reparar uma colisão dianteira pode facilmente aproximar-se de R$ 350 mil, valor que inviabiliza o conserto.

Além disso, a depreciação dos veículos não acompanha o mercado de autopeças, o que mantém os preços elevados mesmo para modelos usados.

Poucos proprietários optam por seguro

A baixa adesão ao seguro por proprietários de carros de luxo é um fenômeno crescente. O motivo para essa escolha muitas vezes é o uso esporádico dos veículos e as restrições das apólices para carros usados em autódromos, limitando ainda mais sua utilidade.

O custo elevado das apólices também é um fator determinante para a decisão de não contratar. A franquia e o seguro para um Mercedes-Benz Classe G, por exemplo, podem chegar a R$ 300 mil.

A combinação de altos custos de reparo, disponibilidade de peças e aversão ao seguro entre proprietários coloca as seguradoras em uma posição desafiadora. Esses fatores contribuem para um aumento das perdas totais em colisões envolvendo veículos de luxo.

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