Por que carros de Fórmula 1 soltam faíscas? Razão não é a que você pensa

Descubra a razão por trás das faíscas nos carros de Fórmula 1 e como elas ajudam no desempenho do piloto.

Durante uma corrida de Fórmula 1, é comum observar faíscas voando sob os veículos nas retas. Esse espetáculo visual não é apenas um atrativo, mas também desempenha um papel crucial na integridade dos carros. A introdução desses elementos no design dos veículos ocorreu na última década, atendendo a uma necessidade técnica específica.

As faíscas, embora pareçam um indício de dano, são, na verdade, resultado de um sistema que impede avarias maiores. Elas são geradas por blocos de titânio embutidos em uma prancha de madeira chamada Jabroc. Esta configuração evita danos diretos ao assoalho dos carros e garante que eles mantenham a distância regulamentar do solo.

Esses blocos foram reintroduzidos na Fórmula 1 em 2015, após terem sido usados originalmente nas décadas de 1980 e 1990. A peça é vital não apenas para a proteção do carro, mas também para assegurar que a altura do veículo não seja manipulada para vantagens aerodinâmicas indevidas.

A explicação para as faíscas dos carros de Fórmula 1

Foto: Jay Hirano/Shutterstock

Os veículos de F1 possuem uma prancha de madeira sob o assoalho, que se estende da traseira até próximo às rodas dianteiras. Essa prancha incorpora blocos de titânio, que são os responsáveis pelas faíscas quando o carro toca o solo. Ao “afundar”, o titânio entra em contato com a pista, criando o efeito.

Ao contrário do que se pode pensar, as faíscas visam evitar danos significativos. A prancha ajuda a manter a altura ideal do carro, evitando o uso de efeitos aerodinâmicos que poderiam “sugá-lo” para o chão, como ocorreu com tecnologias dos anos 1960.

Durante o percurso das retas, a aerodinâmica empurra o carro para baixo, aumentando a força descendente. Isso reduz a altura do carro em relação ao solo, especialmente em alta velocidade, provocando faíscas ao tocar a pista em ondulações.

Mais faíscas no início da corrida

No início de uma corrida, as faíscas são mais frequentes, pois os carros estão mais pesados devido ao tanque cheio de combustível. Conforme a corrida avança e o combustível é consumido, o peso diminui, alterando a incidência das faíscas.

Este fenômeno, portanto, não é um indicador de problema, mas uma solução eficaz para manter a segurança e o desempenho dos carros de Fórmula 1. As faíscas desempenham um papel importante nas dinâmicas das corridas, assegurando que a altura dos veículos permaneça dentro das normas exigidas pelas competições.

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