Por que donos de carros de luxo preferem não pagar seguro?
Mesmo com o alto risco, muitos proprietários de carros luxuosos optam por não fazer seguro. Mas por quê?
Carros de luxo são frequentemente notícia devido a acidentes fatais e aos exorbitantes valores dos modelos envolvidos. Contudo, muitos desses veículos circulam sem seguro, resultando em prejuízos totais em incidentes graves.
Modelos superesportivos de marcas renomadas, como Ferrari, Lamborghini e Porsche, frequentemente ultrapassam R$ 1 milhão. Isso limita seu acesso a uma pequena parcela da população, especialmente no Brasil. Colisões podem representar um impacto financeiro significativo para os proprietários.
Embora exista seguro para esses carros, o valor extremamente alto faz com que poucos proprietários invistam nessa proteção. Com isso, muitos acabam arcando com custos elevados de reparo ou até mesmo enfrentam prejuízos totais.
A complexidade dos reparos
Foto: Gins Ivuskans/Shutterstock
Especialistas mencionam que a perda total acontece quando o custo de reparo atinge 75% do valor do veículo. Para carros de alta performance, esse percentual costuma ser inferior.
Neste caso, importados podem ser classificados rapidamente como indenização integral devido ao custo elevado das peças e reparos. A disponibilidade limitada de peças também é um fator determinante.
Dentre os desafios do mercado de autopeças para carros de luxo, podemos encontrar:
- A escassez de peças específicas aumenta os custos.
- Materiais como fibra de carbono são difíceis de reparar.
- O mercado de autopeças não considera a depreciação do carro.
Quando o conserto é inviável
Em certos casos, o reparo de um carro de luxo se torna inviável. Um exemplo é quando há danos estruturais que exigem a substituição total de componentes caros, como o chassi.
No geral, menos de 10% dos proprietários de veículos de luxo fazem seguro. Eles utilizam os carros esporadicamente, e a relação entre custo e risco não é vantajosa.
Portanto, um seguro pode ser caro. Um exemplo é um Mercedes-Benz Classe G 2015, com kit da Brabus, cujo seguro custou R$ 160 mil, com uma franquia de R$ 110 mil. Isso totalizaria quase R$ 300 mil, caso fosse necessário acionar.