Porque você deve parar de usar ‘P’ ou ‘R’ no câmbio automático com o carro em movimento

Cada vez mais popular nos carros, o câmbio automático está presente em cerca de metade dos automóveis novos emplacados no Brasil. Pelo menos em parte, a popularização pode ser explicada pela ampliação de sua adoção nos veículos zero-quilômetro, considerando que a grande maioria dos modelos já tem versões automáticas.

Diferente do passado, o sistema equipa ao menos uma configuração dos compactos, o que sinaliza que a demanda respondeu bem à investida da indústria. Para os motoristas que compraram um carro automático pela primeira vez, esse tipo de transmissão pode causar algumas dúvidas comuns.

Uma delas está relacionada ao uso das funções “P” e “R”, criadas para estacionar e dar ré no veículo, respectivamente. O problema é que muitos acionam esses recursos com o automóvel em movimento.

Uso incorreto do ‘P’ e do ‘R’

Falando primeiramente da posição “P”, ela utiliza a chaveta que se liga a um conjunto de engrenagens do câmbio, conectadas às rodas motrizes e que, por sua vez, travam para permitir o estacionamento. Caso o travamento ocorra enquanto o carro está em movimento, o resultado pode ser catastrófico.

Para impedir o acionamento involuntário das funções P e R com o veículo em movimento, os câmbios mais modernos possuem um sensor de rotação. No entanto, ainda existem casos em que o motorista seleciona a posição enquanto circula a uma velocidade razoável, o que pode resultar na perda total da transmissão.

Já quanto a acionar o “R” com o carro em movimento, o câmbio normalmente passa para o neutro a fim de impedir acidentes e outros danos. Em muitas situações, a ativação das funções ocorre por meio de atuadores gerenciados eletronicamente, embora vários seletores sejam acionados mecanicamente. Ou seja: não é bom arriscar.

De forma geral, é difícil que uma situação extrema ocorra no uso diário do câmbio automático, ainda que muitos motoristas selecionem P ou R com o carro ainda em movimento.

Vale lembrar que o mau uso do câmbio aumenta o desgaste das peças metálicas do conjunto, criando uma limalha dentro da transmissão, o que pode comprometer a lubrificação. Os resultados são danos em diversos componentes, como engrenagens, bomba de óleo e conversor de torque.