Posso comer enquanto dirijo? Especialista tira dúvida de muitos motoristas
Saiba o que o Código de Trânsito Brasileiro diz sobre fazer aquele lanchinho enquanto conduz um veículo.
Na rotina atribulada das grandes cidades, repleta de correria e congestionamentos, muitos motoristas tentam economizar tempo ao comer enquanto dirigem. Mas será que essa prática tão comum é permitida pelas leis de trânsito do Brasil?
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), comer enquanto dirige pode ser considerado uma infração, punível com multa e pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A pergunta é: por que o condutor não pode fazer um lanchinho?
Falta de atenção traz riscos
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Eliane Pietsak, pedagoga e especialista em trânsito, explica que o motorista deve manter o controle do veículo a todo momento, dando a atenção necessária para garantir a segurança no trânsito.
“E o fato de comer dirigindo pode tirar a atenção do condutor. Esse seria um dos enquadramentos [do CTB]”, explica especialista.
Segundo o CTB, dirigir sem atenção ou sem os cuidados essenciais à segurança é uma infração de natureza leve, resultando em uma multa no valor de R$ 88,38 e três pontos na carteira. Além disso, se o motorista não mantiver as duas mãos no volante, a multa sobe para R$ 130,16, classificada como infração média.
Distrações, como comer enquanto dirige, podem comprometer a capacidade de reação e aumentar os riscos de acidentes. Como aponta Pietsak, dirigir envolve observar constantemente a pista, as calçadas e o ambiente ao redor do veículo. Pequenos descuidos, como segurar um lanche ou abrir uma lata, podem ter consequências graves.
A especialista também recomenda que o condutor esteja atento e observe tudo constantemente, sempre verificando os dois lados da pista, incluindo calçadas, além da situação atrás e aos lados do veículo, para detectar possíveis situações de perigo.
“Estar atento significa ficar permanentemente alerta, em busca de todas as informações exigidas para uma direção segura e talvez comendo o condutor não consiga atingir esse objetivo. Ou seja, pequenas distrações podem ser fatais”, completa Pietsak.