Poucos brasileiros sabem como se acomodar em carros com airbag: e você?
Item obrigatório nos automóveis novos desde 2014 não passou por uma campanha informativa antes da implementação no país.
A indústria automotiva nacional passa por transformações com certa frequência, especialmente após o surgimento de novas regulamentações que tornam certos itens obrigatórios nos veículos. Foi isso que aconteceu em 2014, quando o airbag passou a ser exigido em todos os carros novos vendidos no Brasil.
Esse foi um grande avanço do ponto de vista da segurança no trânsito, mas o governo federal pecou ao não criar uma campanha informativa sobre o item. Embora seja obrigatório nos modelos zero-quilômetro, muitos motoristas não sabem o que precisam fazer de diferente quando o carro tem airbag.
É por isso que ver condutores dirigindo com o corpo “grudado” no volante é algo tão comum, mesmo em veículos equipados com o dispositivo de segurança.
Qual o jeito certo de dirigir um carro com airbag?
Foto: Reprodução
O motorista não deve dirigir o veículo com o tronco muito próximo ao airbag porque isso compromete sua proteção, uma vez que o espaço livre será menor do que aquele para o qual a proteção foi projetada. Isso pode impedir o item de inflar completamente, por exemplo.
Outra questão é o aumento nas chances de queimaduras e até de asfixia após a explosão, considerando que quanto mais perto a pessoa está da bolsa, maior é a violência com a qual ela é atingida. Mais uma vez, isso compromete as condições ideais nas quais o equipamento foi projetado para operar.
Segundo dados da Sociedade Americana de Trauma Ocular, 8,9% das lesões oculares registradas nos Estados Unidos são provenientes de acidentes com veículos automotores. Eles também são a maior fonte de lesões oculares ‘bilaterais’, que podem ser resultadas pelo acionamento de airbags.
Por isso, a regra para o condutor é se manter a pelo menos 25 centímetros de distância do volante, enquanto o passageiro deve permanecer a 40 centímetros do painel onde está o airbag lateral. Essas são as distâncias mínimas para garantir a máxima proteção após uma colisão.
Dez anos após a lei entrar em vigor, essas recomendações ainda são desconhecidas por milhões de motoristas, que se colocam em risco por falta de informação.