Preços de carros em Singapura são surreais: saiba quanto custa o mais barato

Descubra os motivos que fazem o veículo mais acessível em Singapura custar quase R$ 1 milhão, em conversão direta.

Em Singapura, uma cidade-estado localizada no sudeste asiático, os preços dos automóveis atingem patamares surpreendentes desde as opções de entrada. O modelo mais econômico, o Kia Stonic EX híbrido, está à venda por cerca de R$ 770 mil.

Em comparação, no Brasil, o mesmo veículo custa cinco vezes menos, em torno de R$ 148 mil. Já o modelo mais acessível do país é o Fiat Mobi, que parte de R$ 73.990.

O impacto do COE nos preços dos veículos

A principal razão para essa diferença é o COE, sigla para Certificado de Licença. Criado em 1990, o COE é uma medida do governo de Singapura para controlar a quantidade de carros circulando no país, que possui uma área de apenas 700 km² e quase 6 milhões de habitantes.

A medida, que visa evitar o caos no trânsito urbano, tem um custo elevado para a população. Desde setembro de 2023, o custo do certificado subiu consideravelmente, para US$ 106 mil (aproximadamente R$ 535,4 mil), sem mencionar os impostos adicionais.

No mercado de automóveis de Singapura, o COE é o grande fator determinante para o preço final. Ao adicionar esse custo elevado ao valor base do carro, as cotações disparam e até modelos comuns ficam caríssimos.

Nos Estados Unidos, o Toyota Camry custa cerca de US$ 26 mil (R$ 131,6 mil), enquanto em Singapura não sai por menos de US$ 183 mil (R$ 926,6 mil).

Alternativas e prioridades governamentais

Apesar dos altos preços dos veículos, o governo de Singapura prioriza o investimento em transporte público eficiente, incentivando a população a optar por essa alternativa. Essa estratégia visa reduzir a quantidade de veículos particulares nas ruas e minimizar os congestionamentos.

Curiosamente, enquanto os preços dos carros são exorbitantes, os valores de moradia são mais acessíveis em Singapura. Um apartamento de classe média custa cerca de US$ 91 mil (R$ 460,8 mil), menos do que um Toyota Camry.

Essa discrepância destaca a intenção do governo de priorizar o transporte público ao invés de veículos privados.

A política de controle veicular em Singapura levanta questões sobre sua aplicabilidade em outros países, como o Brasil.

A estratégia adotada pela cidade-estado é eficaz em promover o uso de transporte coletivo, mas será que funcionaria da mesma forma em outros contextos?

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