Prepare-se: semáforos podem ganhar uma nova cor e mudar o trânsito para sempre
Proposta busca melhorar a fluidez e segurança do trânsito com nova luz branca em semáforos, orientando motoristas.
A tradicional sequência vermelho, amarelo e verde dos semáforos pode estar com os dias contados — pelo menos nos Estados Unidos.
Pesquisadores estão avaliando a inclusão de uma quarta luz, na cor branca, para preparar o trânsito para uma nova era: a dos carros autônomos.
A proposta busca não apenas modernizar a sinalização, mas também tornar o tráfego mais seguro, fluido e inteligente, acompanhando o avanço da mobilidade conectada.
Uma nova cor para um novo trânsito
Imagem gerada por IA
A ideia é simples, mas revolucionária: quando o sinal branco for ativado, os motoristas humanos deverão seguir o fluxo dos veículos autônomos à frente.
Esses veículos inteligentes já são capazes de se comunicar entre si por meio de sistemas de computação distribuída, trocando informações em tempo real sobre velocidade, direção e tempo de resposta.
Na prática, isso significa que, quando houver um número suficiente de carros autônomos em um cruzamento, eles poderão assumir temporariamente o controle do tráfego, coordenando o fluxo de maneira mais eficiente que o sistema tradicional de luzes.
Assim, a nova cor do semáforo serviria como um sinal visual para que os condutores humanos confiem no “comando” desses veículos inteligentes.
Por que a escolha da luz branca?
A escolha do branco não é aleatória. De acordo com especialistas, essa cor garante alta visibilidade mesmo em diferentes condições climáticas e cria um contraste equilibrado com as demais luzes do semáforo.
Essa “fase branca” só seria ativada quando um volume significativo de carros autônomos estivesse presente no cruzamento.
Caso o número de veículos com direção autônoma fosse baixo, o sistema retornaria automaticamente ao modelo tradicional de três cores, garantindo compatibilidade com o trânsito atual.
Como funcionará na prática?
Segundo pesquisadores da Universidade Estadual da Carolina do Norte, os testes iniciais serão realizados em ambientes controlados, antes de chegarem às ruas.
Cidades com tráfego intenso e comportamento previsível, como Nova York, estão entre as candidatas ideais para as primeiras fases de experimentação.
A tecnologia baseia-se na comunicação direta entre veículos (V2V) e na interação com a infraestrutura urbana (V2I, veículo-para-infraestrutura).
Essa integração permitiria otimizar cruzamentos, reduzir congestionamentos e até diminuir o consumo de combustível, já que os carros manteriam um ritmo mais constante e sincronizado.
Mobilidade inteligente e segurança no futuro
Além de eficiência, o projeto também mira a segurança viária. Somente em 2022, mais de 42 mil pessoas morreram em acidentes de trânsito nos Estados Unidos e a maioria dos casos foi causada por erro humano.
Pesquisadores acreditam que a integração entre carros autônomos e semáforos inteligentes pode representar um divisor de águas na redução de acidentes e na transformação da mobilidade urbana nas próximas décadas.
Com a chegada da “luz branca”, os semáforos poderão deixar de ser apenas dispositivos de controle e se tornar elementos ativos de um ecossistema conectado, onde inteligência artificial, automação e segurança trabalham juntas para criar cidades mais eficientes e humanas.