Prestes a desmoronar, Nissan está em busca de um novo parceiro econômico

A montadora japonesa Nissan está em um momento crítico, procurando um novo parceiro estratégico. As negociações para criar uma holding conjunta com a Honda estão prestes a falhar. Fontes internas revelam que a Nissan almeja um aliado do setor tecnológico, preferencialmente localizado nos Estados Unidos.

Apesar da desaceleração global, a América do Norte permanece crucial para a Nissan. A transição para veículos elétricos e automação impulsiona as montadoras a buscarem alianças com empresas de tecnologia. Na última quinta-feira (06), as ações da Nissan cresceram 8,7% nas negociações em Tóquio, motivadas por essas expectativas.

Desafios e perspectivas de reestruturação

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Enfrentar essa situação complexa é um desafio para a Nissan, especialmente após a Honda considerar a completa aquisição da montadora. O impasse persistiu devido à resistência da Nissan em aceitar certas condições, como reestruturações significativas.

O conselho da Nissan pressiona o CEO Makoto Uchida a desenvolver um plano robusto de reestruturação. A intenção é apresentar essa reformulação até a próxima quinta-feira, 13 de fevereiro, data em que a Nissan divulgará seus resultados trimestrais e o conselho se reunirá para formalizar decisões estratégicas importantes.

Opções de financiamento e novas alianças

Embora a Honda tenha solicitado reestruturações profundas, a Nissan até agora limitou-se a cortes de empregos e redução de produção. Se o acordo com a Honda falhar, ambas as partes poderão encerrar as negociações sem pagar a multa de cancelamento de ¥ 100 bilhões (cerca de US$ 657 milhões).

Entretanto, a fabricante de eletrônicos Hon Hai Precision Industry, também conhecida como Foxconn, expressou interesse em adquirir parte da Nissan, mas interrompeu as negociações ao saber das conversas da Nissan com a Honda. A Foxconn ainda observa de perto os desdobramentos para avaliar novas oportunidades.

Crise e a busca por soluções

A crise na Nissan intensificou-se após a prisão do ex-presidente Carlos Ghosn em 2018. A empresa sofreu uma queda de 94% no lucro líquido no primeiro semestre e precisou reduzir drasticamente sua projeção de lucro anual. Nesse contexto, encontrar um parceiro estratégico tornou-se crucial para a recuperação.

Apesar das adversidades, a capacidade de manufatura e a marca consolidada da Nissan permanecem atrativas. A montadora busca soluções criativas para superar os desafios financeiros e se reposicionar no mercado com o auxílio de um novo parceiro estratégico.