Produção de motos no Brasil dispara e atinge o maior volume em 14 anos
Brasil registra o maior nível de produção de motos em 14 anos, se posicionando como o terceiro maior volume da história.
O setor de motocicletas no Brasil vivencia um momento de expansão expressiva. De janeiro a julho, foram produzidas 1.141.011 unidades, um avanço de 12,4% em comparação ao ano anterior.
Esse resultado é o melhor registrado em 14 anos, conforme dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
Apesar do desempenho anual positivo, julho apresentou uma ligeira queda de 4,7% em relação a julho de 2024, com 140.262 unidades fabricadas. Comparado a junho, a redução foi de 9%.
Essa diminuição se deve às pausas nas linhas de produção para manutenção e férias coletivas, práticas comuns no segundo semestre.
Produção por categoria e cilindrada
No acumulado de 2024, a categoria Street liderou a produção com 50,9% do total. Em seguida, vieram as motocicletas Trail, representando 20,9%, e as Motonetas, com 13,6%.
Esses números ressaltam a preferência do mercado por esses modelos.
Faixa de cilindrada
No mês de julho, dominaram as motos de baixa cilindrada, com 76% do total de 106.600 unidades. As de média cilindrada somaram 29.061 unidades (20,7%), enquanto as de alta cilindrada contribuíram com 4.601 unidades (3,3%).
Crescimento no varejo
As vendas no varejo seguem o ritmo da produção. Entre janeiro e julho, 1.222.758 motocicletas foram licenciadas, aumento de 12,2% em relação a 2024. Julho destacou-se com 193.212 emplacamentos, alta de 23,1% sobre o ano anterior.
Com 23 dias úteis em julho, a média diária de vendas foi de 8.401 unidades. Esses números destacam o segundo melhor mês de julho registrado na história do segmento de motocicletas no Brasil.
Desafios econômicos no horizonte
Marcos Bento, presidente da Abraciclo, observa que, apesar do ritmo constante da indústria para atender à demanda, o cenário econômico pode impor desafios nos próximos meses.
As estatísticas refletem a produção das associadas com fábricas na Zona Franca de Manaus. Marcas como Shineray, Royal Enfield, Avelloz e Mottu não fazem parte do levantamento.
